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Vale propõe nova política de remuneração a acionistas

Em documento, empresa propõe que remuneração de acionistas fique a cargo do Conselho de Administração


	Vale: empresa já anunciou que não pretende pagar remuneração a acionistas devido à instabilidade dos preços do minério.
 (Germano Luders/Exame)

Vale: empresa já anunciou que não pretende pagar remuneração a acionistas devido à instabilidade dos preços do minério. (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2016 às 21h32.

Rio de Janeiro - A Vale realizará assembleia de acionistas em 25 de abril, que vai deliberar sobre alterações na política de remuneração a acionistas da mineradora.

No documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa propõe que a remuneração ao acionista ficará a critério do Conselho de Administração.

O grupo "deliberará sobre o montante a ser distribuído em função do contexto de negócios da companhia", diz o manual da assembleia.

Atualmente, a diretoria executiva da companhia propõe o pagamento até 31 de janeiro. A intenção é não divulgar valor mínimo a ser distribuído aos acionistas. Hoje a Vale o faz de acordo com o desempenho esperado da companhia no decorrer daquele ano.

Para 2016, a Vale já informou que pretende não pagar remuneração a acionistas, diante da volatilidade dos preços das commodities minerais.

Em caso de pagamento, a Vale tradicionalmente faz a distribuição em duas parcelas, uma em abril e a segunda em outubro. A proposta agora é pagar a parcela inicial em outubro e a segunda até o fim de abril do ano seguinte.

O valor da primeira parcela será definido em função dos resultados acumulados do período pela companhia e da estimativa de geração de fluxo de caixa livre. O da segunda será determinado após a apuração do resultado do exercício social, disse a empresa.

"O principal objetivo da mudança é manter a remuneração ao acionista de forma mais alinhada à geração de caixa da Vale, principalmente em um período de maior volatilidade e incerteza nos preços das commodities minerais, sem a necessidade de se antecipar ao mercado o valor da remuneração mínima para o ano já no mês de janeiro do próprio ano", afirmou.

A mineradora teve prejuízo líquido de 33,156 bilhões de reais no quarto trimestre de 2015, o pior resultado desde pelo menos a privatização da empresa, em 1997, com suas contas afetadas pelos baixos preços das commodities, que levaram a companhia a realizar uma expressiva baixa contábil.

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