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Vale prevê retomar operações de processamento a seco em Timbopeba

Operações foram suspensas desde março do ano passado para uma revisão de segurança após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG), em janeiro de 2019

VALE: a estimativa da companhia é injetar mais 411 milhões de reais na economia brasileira. / Vale/Divulgação (Vale/Divulgação)

VALE: a estimativa da companhia é injetar mais 411 milhões de reais na economia brasileira. / Vale/Divulgação (Vale/Divulgação)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 29 de abril de 2020 às 12h06.

Última atualização em 29 de abril de 2020 às 12h15.

A Vale prevê retomar as operações de processamento a seco na mina de Timbopeba, parte do Complexo Mariana, na próxima semana, com produção mensal de aproximadamente 330 mil toneladas de finos de minério de ferro, informaram executivos da companhia nesta quarta-feira.

As operações de Timbopeba foram suspensas desde março de 2019, juntamente com diversas outras, em meio a uma revisão da segurança das operações da companhia após o rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG), em janeiro do ano passado.

"Esperamos retomar as atividades de Timbopeba já na próxima semana. Essa é mais uma importante ação... para retomar e estabilizar nossa produção de minério de ferro no sistema Sul e Sudeste", disse o diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, durante teleconferência com analistas e investidores.

A produção foi autorizada por auditoria externa contratada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, conforme acordo entre a Vale e os Promotores na Ação Civil Pública de Timbopeba, informou a empresa em seguida, em comunicado ao mercado.

"Testes de gatilho de vibração foram concluídos em janeiro de 2020 e foi certificada a ausência de impacto nas estruturas geotécnicas do site, que permitiu o reinicio das operações de processamento a seco com produção mensal de aproximadamente 330 mil toneladas de finos de minério de ferro", disse a empresa.

As atividades de processamento a úmido na mina de Timbopeba, por sua vez, devem ser retomadas no quarto trimestre, permitindo à operação atingir sua capacidade total de produção de cerca de 1 milhão de toneladas por mês.

A retomada é prevista após a conclusão da construção de um duto para a disposição de rejeitos na cava de Timbopeba e depende de autorização externa.

"Alternativas para antecipar a retomada das atividades de processamento a úmido estão em avaliação", acrescentou a Vale.

A retomada do processamento a seco e o retorno esperado do processamento a úmido no quarto trimestre já estão incluídos na previsão de produção de finos de minério de ferro da Vale para 2020, de 310-330 milhões de toneladas.

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