Mina da Vale em Moçambique: expansão da mina de carvão foi adiada em uma ano (Juliana Borges/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2013 às 14h02.
Maputo - A Vale ainda espera exportar 4,9 milhões de toneladas de carvão de sua mina em Moçambique neste ano, apesar da paralisação temporária de uma ferrovia que interliga o empreendimento ao porto, afirmou um representante da empresa nesta terça-feira.
A linha férrea de Sena, que liga a província rica em carvão de Tete ao litoral, foi fechada por duas semanas após as fortes chuvas e um descarrilamento, obrigando a Vale a declarar força maior em uma série de contratos de embarque de carvão.
"Estamos confiantes de que seremos capazes de recuperar o que perdemos (devido às chuvas)," disse à Reuters o diretor da Vale na África, Ricardo Saad.
Saad afirmou que a Vale espera exportar 11 milhões de toneladas de carvão por ano até 2015 e dobrar o volume dois anos mais tarde.
Mas a expansão da mina de carvão da Vale em Moçambique foi adiada em uma ano, e o projeto Moatize II, que estava previsto para o segundo semestre de 2014, ficou para o segundo semestre de 2015.
A paralisação da ferrovia foi mais um golpe para empresas que já lutam contra gargalos de infra-estrutura na ex-colônia portuguesa, dona de grandes reservas de carvão para siderúrgicas.
A Vale começou a exportar carvão de sua mina de Moatize em 2011, mas foi forçada a cortar a quase metade sua produção e suas metas de exportação no ano passado devido a limitações na infraestrutura.
Saad afirmou que a Vale está trabalhando em conjunto com a estatal de logística para superar algumas das dificuldades e aumentar o desempenho na linha, incluindo um movimento para automatizar sinalização.
Sena é atualmente única a rota de exportação ferroviária disponível de Tete.