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Vale diz que deverá retomar operações na maior mina de MG em até 72 horas

Mineradora informou que recebeu o aval provisório da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais para operar a barragem de Laranjeiras

Brucutu: a maior unidade de minério de ferro da Vale no Estado, havia sido paralisada no começo de fevereiro (Dado Galdieri/Bloomberg)

Brucutu: a maior unidade de minério de ferro da Vale no Estado, havia sido paralisada no começo de fevereiro (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 21 de março de 2019 às 21h31.

Última atualização em 21 de março de 2019 às 21h33.

São Paulo - A Vale informou nesta quinta-feira que recebeu aval provisório da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad) para operar a barragem de Laranjeiras, o que permitirá o retorno das operações na mina de Brucutu em até 72 horas.

Brucutu, a maior unidade de minério de ferro da Vale no Estado, havia sido paralisada no começo de fevereiro, devido a uma ação na Justiça pelo Ministério Público de Minas Gerais, após o rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro.

Nesta semana, a Justiça autorizou a retomada da mina, com capacidade de produção de 30 milhões de toneladas ao ano, condicionando a uma liberação pelo governo estadual, o que ocorreu nesta quinta-feira.

Os contratos futuros do minério de ferro na China acumulam queda nesta semana, por expectativas do retorno das operações de Brucutu, ativo que deve ajudar a maior produtora de minério de ferro do mundo em momento em que ela lida com as consequências do desastre em Brumadinho.

A Vale tem tido que interromper diversas operações, por decisão própria ou de autoridades, desde o rompimento da barragem em Brumadinho, que fez mais de 300 vítimas, entre mortos e desaparecidos.

Com a volta de Brucutu, a Vale ainda terá paralisada capacidade de pouco mais de 60 milhões de toneladas/ano.

O problema da empresa só não é maior porque os preços do minério de ferro subiram cerca de 20 por cento neste ano, muito em função das suspensões que afetam a mineradora brasileira, compensando as paralisações de produção.

Adicionalmente, a Vale informou que uma decisão liminar da 1ª Vara Cível de Nova Lima, ligada à barragem Dique III, não terá impacto adicional na sua produção, dado que a estrutura se encontra no complexo de Vargem Grande, cujas operações já foram paralisadas pela Agência Nacional de Mineração.

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