Campo de extração de minério de ferro da Vale: ´Não acredito muito em sinergias, a questão é qualidade, se for bom, compramos´, disse Agnelli (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - As aquisições não são o foco da Vale no momento, mas caso existam oportunidades dentro da estratégia da empresa, ela está preparada para comprar, afirmou Roger Agnelli, presidente da Vale, em webcast realizado hoje para comentar os resultados do segundo trimestre de 2010 (leia aqui a reportagem).
A empresa destacou que pode dobrar sua capacidade com investimentos orgânicos e que atualmente as grandes aquisições não são o foco. "Se alguém decidir vender, nós estamos preparados para comprar. Não acredito muito em sinergias, a questão é qualidade, se for bom, compramos", disse Agnelli.
No último dia 28 a Vale anunciou que lançará uma oferta pública de compra das ações da Paranapanema. O negócio pode alcançar 2 bilhões de reais, caso 100% dos investidores apóiem a operação. "Em Paranapanema, nós estávamos olhando e discutindo faz mais de três anos, e agora tivemos uma oportunidade", disse Agnelli.
"Nós acreditamos que a economia brasileira irá muito bem nos próximos anos, então queremos aumentar nossa exposição ao mercado brasileiro. Porque não? Paranapanema é bom. Você pode dizer o que quiser, mas a Vale vem sendo disciplinada, e eu odeio isso, mas às vezes é preciso para otimizar o retorno", disse Agnelli.
A Paranapanema é a líder brasileira na produção de cobre refinado. Seus ativos consistem de um smelter (fundição) e refinaria de cobre, além de três plantas para a produção de materiais de cobre. A empresa também detém 99,09% do capital da Cibrafértil, que opera fertilizantes fosfatados. A fundição (smelter) e a refinaria estão instaladas no pólo industrial de Camaçari (BA). Elas pertenciam à Caraíba Metais, antes que a empresa fosse incorporada pela Paranapanema em 2009.