Simandou, a maior mina de ferro “virgem”: quem está fora quer entrar e quem está dentro não quer sair — por enquanto (Eny Miranda/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2012 às 20h44.
Rio de Janeiro - A <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/vale" target="_blank">Vale</a></strong> colocou em revisão o escopo e o cronograma do projeto de minério de ferro Simandou, na Guiné, em meio a dificuldades com o governo local e à necessidade de adiar investimentos com um cenário econômico difícil.</p>
A informação sobre a revisão do projeto foi divulgada no relatório sobre os resultados do terceiro trimestre.
O projeto, com investimentos totais previstos em 1,2 bilhões de dólares, estaria em fase inicial de produção, segundo o relatório de investimentos anterior da Vale, referente ao segundo trimestre deste ano.
A Reuters antecipou em setembro que o projeto perdeu prioridade na carteira de investimentos da mineradora para Serra Sul, outro gigantesco projeto de ferro, localizado no Pará.
A Vale já desembolsou 500 milhões de dólares para adquirir fatia no projeto Simandou; ainda faltam 2 bilhões de dólares para pagar ao sócio.
O presidente da mineradora, Murilo Ferreira, havia dito em maio que aguardava definições políticas na Guiné para levar Simandou adiante.
O governo de Guiné aprovou recentemente um novo código de mineração que eleva a participação do Estado em projetos do setor de 15 por cento para 35 por cento.
Em abril do ano passado, o presidente da Guiné, Alpha Conde, cancelou o projeto de uma estrada de ferro acordado inicialmente com a Vale e disse que abriria o contrato para ofertas mais competitivas.
O governo da Guiné disse que estava consultando o banco BTG Pactual e B & A, uma empresa formada pelo banco e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli, para o financiamento da linha férrea que ligaria Simandou ao porto.