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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Pequim - As usinas siderúrgicas da China não vão recorrer a minério de ferro no mercado à vista mesmo se os preços forem mais baratos, afirmou a líder do setor, Baosteel, nesta quinta-feira.
O novo mecanismo usado pelas três maiores produtoras de minério de ferro do mundo, Vale, BHP Billiton e Rio Tinto, define preços da commodity pela média de valores do mercado à vista verificada no trimestre anterior.
Os preços do mercado à vista, no entanto, recuaram 15 por cento desde o final de abril, disparando temores entre as mineradoras de que os clientes chineses poderiam rejeitar contratos.
O presidente da Baosteel, Xu Lejiang, afirmou a jornalistas que as grandes siderúrgicas chinesas ainda consideram a estabilidade da oferta como o fator mais importante enquanto tentam manter colossais taxas de produção usando minério despachado por Brasil e Austrália.
"Os preços no mercado à vista estão atualmente menores que os preços oferecidos pelas três grandes mineradoras, mas não é muito provável que as maiores usinas migrem para o mercado à vista", afirmou o executivo.
Lejiang disse que a China ainda precisa consentir formalmente com o novo sistema de precificação trimestral da commodity e que negociações ainda continuam. A atual oferta importada pelo país está sendo feita "caso a caso".
Toda a indústria está agora em uma "fase de transição" e mesmo as três maiores mineradoras, que comandam cerca de três quartos do mercado global de minério de ferro, vão considerar ainda se o mecanismo trimestral é a melhor opção, afirmou o executivo.
"Eu acredito que ambos os lados vão considerar essas questões com cuidado agora. De acordo com esse sistema trimestral, os preços para o quarto trimestre vão cair", disse Lejiang.
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