Usiminas: a empresa acredita que no próximo ano haverá maior consumo de aço no Brasil, por conta das obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas (Kiko Ferrite/EXAME)
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2010 às 16h37.
São Paulo - Para enfrentar a importação no setor de aço, a Usiminas vai investir em produtos de maior valor agregado, afirmou Wilson Brumer, presidente da Usiminas, em teleconferência na manhã de hoje (28/10). Em novembro a Usiminas vai apresentar um novo produto para potencias consumidores, o Sincron.
O produto utiliza a tecnologia de resfriamento acelerado e vai possibilitar a fabricação de chapas de alta resistência. O Sincron vai atender requisitos de projetos que operam em condições menos favoráveis (como projetos do pré-sal, por exemplo). A expectativa de produção é de 300.000 a 500.000 toneladas por ano, a partir de 2011.
"Agregar valor é uma das estratégias para estar mais competitivo", disse Brumer. A Usiminas será a única siderúrgica fora do Japão a deter a tecnologia do Sincron. O produto será produzido a partir da planta de Ipatinga, em Minas Gerais. Por enquanto está em fase de pré-produção. A instalação da tecnologia de resfriamento acelerado de chapas grossas da usina de Ipatinga tem orçamento de 539 milhões de reais.
Expectativas
No terceiro trimestre, a Usiminas registrou uma queda de 9% no seu volume de vendas – em decorrência das importações, segundo a empresa. No quarto trimestre, a companhia espera um nível de importação menor que o do intervalo entre julho e setembro, mas a diminuição efetiva é esperada somente para o próximo ano.
No próximo trimestre, a Usiminas vai começar um processo de desestocagem. A expectativa é começar 2011 com volume de estoque menor. Em 2011, a expectativa é que o volume de material importado decresça de 22% em 2010 para menos de 15% - o que abre espaço para vendas. A empresa espera ampliar suas exportações no próximo trimestre, de cerca de 20% da produção para 30%.
A expectativa da Usiminas de vendas para 2011 é positiva. A empresa acredita que no próximo ano haverá maior consumo de aço no Brasil, por conta das obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas.