Usiminas: investidores e analistas querem saber qual será o plano da companhia daqui para frente (Nelio Rodrigues/EXAME/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2018 às 07h12.
Última atualização em 20 de abril de 2018 às 07h31.
A siderúrgica Usiminas abre a temporada de resultados do primeiro trimestre das empresas do setor nesta sexta-feira. Os números devem ser bons, já que os três primeiros meses do ano foram ótimos para o segmento.
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“As siderúrgicas da América Latina devem se beneficiar do aumento de embarques do produto (...) enquanto os preços internacionais do aço subiram no trimestre, criando espaço para aumentos de preço regionais”, afirmam analistas do banco Bradesco em relatório.
Este cenário deve contribuir para uma alta de mais de 14% na geração de caixa (Ebitda) da Usiminas e de 68% no lucro — sempre na comparação anual —, que deve totalizar 150 milhões de reais, segundo analistas do Itaú BBA.
Mas, mais do que se atentar para os números desta sexta, investidores e analistas querem saber qual será o plano da companhia daqui para frente.
A Usiminas terminou uma pesada reestruturação financeira e seus sócios, a japonesa Nippon e a ítalo-argentina Ternium-Techint, ergueram a bandeira branca em fevereiro, depois de quase cinco anos de brigas pelo comando da empresa. Nesta semana, a siderúrgica religou seu alto-forno na unidade de Ipatinga (MG), no Vale do Aço, voltando a operar a plena carga.
Durante a reinauguração, o presidente do conselho, Elias Brito, disse que um plano de longo prazo está sendo traçado e que as discussões sobre o tema devem aumentar a partir do dia 25, quando a nova composição do colegiado assumirá.
Investidores esperam um plano, que mostre, de uma vez por todas, que os problemas da Usiminas realmente ficaram para trás.