Bobinas galvanizadas da Usiminas: O setor do aço tem boas perspectivas para os próximos anos, segundo a corretora Brascan (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
São Paulo - As boas perspectivas da demanda interna de aço devem favorecer, sobretudo, a Usiminas e a CSN. A avaliação é da corretora Brascan. Em relatório assinado pelos analistas Rodrigo Ferraz e Pedro Montenegro, a instituição afirma que estas são as companhias "com maior exposição ao mercado interno". Os comentários basearam-se nos dados de produção e vendas do setor siderúrgica em abril, divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr).
Como abril teve menos dias úteis que março, os resultados mostram altas de 10% para a produção de aço bruto e de 11% nas vendas internas de laminados, em relação ao mês anterior, segundo a Brascan. O melhor desempenho no segmento de laminados longos, tanto na produção quanto nas vendas internas, devem favorecer também os números da Gerdau no Brasil, dizem os analistas.
As importações de aços planos, no mês passado, registraram uma diminuição de 16% em relação a março. A queda já era esperada pelo setor, segundo a Brascan, tendo em vista os expressivos aumentos nos preços internacionais desde o início do ano e a queda do prêmio verificado no produto do mercado interno sobre os importados.
O setor tem boas perspectivas para os próximos anos, em decorrência da Copa do Mundo, das Olimpíadas, dos investimentos programados para infra-estrutura, do déficit habitacional brasileiro e da alta demanda proveniente da expansão do setor de óleo e gás.
Balanços
A CSN anunciou, no primeiro trimestre, um aumento de 31% no lucro líquido da empresa, que atingiu 482 milhões de reais. A crescente demanda do mercado nacional e a recuperação dos Estados Unidos foram responsáveis pelo aumento, segundo a companhia. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de 1,3 bilhão de reais de janeiro a março, 91% superior aos 683 milhões de reais no mesmo período de 2009.
Já a Usiminas fechou os três primeiros meses de 2010 com lucro líquido de 309 milhões de reais. No primeiro trimestre do ano passado, a empresa havia registrado um prejuízo de 112 milhões de reais. A geração de caixa medida pelo ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou 717 milhões de reais, 116% acima dos 332 milhões de um ano antes.