Usiminas: pelo contrato, a siderúrgica tem o direito de cobrar uma multa caso a MMX deixe de realizar embarques. Até o momento, a Usiminas ainda não lançou mão desse direito (Usiminas/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2013 às 20h00.
Rio de Janeiro - A Usiminas buscará uma solução amigável com a MMX, braço de mineração do empresário Eike Batista, para o atraso na entrada em operação do Porto Sudeste, em Itaguaí, no Rio. Com a demora em tirar o terminal portuário do papel, a MMX fere o acordo logístico firmado entre as duas companhias para o escoamento da produção de minério de ferro de Minas Gerais.
"Estamos buscando um entendimento e achamos que vamos encontrar uma saída negocial. Para nós é um parceiro importante", afirmou o presidente da Usiminas, Julián Eguren, durante o 24.º Congresso Mundial do Aço.
Pelo contrato, a siderúrgica tem o direito de cobrar uma multa caso a MMX deixe de realizar embarques. Até o momento, a Usiminas ainda não lançou mão desse direito, nem definiu se irá exercê-lo. Os embarques da companhia, de acordo com Eguren, só devem ser afetados a partir de setembro ou outubro, quando começa a operar o Projeto Friáveis de minério de ferro da Usiminas, em Serra Azul, Minas Gerais.
Venda
No evento, ele destacou que a siderúrgica trabalha para recuperar as margens operacionais ao longo de 2013. Entretanto, destacou que esse é um processo que ocorre de forma lenta e gradual. A venda de ativos não operacionais e fora do "core business" (negócio principal) são opções para impulsionar o processo. "A siderurgia não tem receitas mágicas. É um trabalho permanente", disse.
A companhia mantém a intenção de fechar a venda das empresas Usiminas Automotiva e Usiminas Mecânica até o fim do primeiro semestre, mas Eguren não deu detalhes sobre as negociações.
Outros ativos, como imóveis, também podem ser vendidos pela companhia. O presidente da Usiminas descartou a hipótese de rebaixamento do rating da empresa por agências de classificação de risco, apesar de recentes avaliações pouco otimistas.