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Apresentado por UNIPAR

Unipar anuncia investimento de R$ 140 milhões em fábrica na Bahia

Nova planta vai atender à demanda por cloro impulsionada pela expansão do saneamento básico no país

Campo Eólico de Tucano, na Bahia: empreendimento é uma joint venture entre a petroquímica e a AES Brasil (Unipar/Divulgação)

Campo Eólico de Tucano, na Bahia: empreendimento é uma joint venture entre a petroquímica e a AES Brasil (Unipar/Divulgação)

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Publicado em 20 de julho de 2022 às 09h00.

Na esteira do novo Marco do Saneamento, lei com o objetivo de universalizar os serviços de água e esgoto até 2033, a Unipar deve iniciar neste semestre a construção de sua terceira fábrica no Brasil, no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia.

Líder na produção de cloro e soda e uma das maiores na fabricação de PVC na América do Sul, a empresa investirá R$ 140 milhões na nova planta, com prazo previsto de até 24 meses de obras.

Saneamento básico

O objetivo é atender à demanda crescente por ácido clorídrico, hipoclorito de sódio e soda cáustica, sobretudo no Nordeste, região com expectativa de maior avanço no saneamento básico.

Estima-se que, atualmente, 35 milhões de brasileiros não tenham acesso à água potável. Do esgoto gerado no país, só metade é tratada – parcela que cai para 34% no Nordeste, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério do Desenvolvimento Regional (SNIS).

Uma planta sustentável

A nova planta da Unipar terá capacidade de produção anual de 10 mil toneladas de cloro. O composto integra a fórmula do ácido clorídrico, utilizado na fabricação de coagulantes para tratamento de água e esgoto. Também está na composição de hipoclorito de sódio, usado na despoluição de efluentes industriais, entre outras aplicações.

“A fábrica da Bahia foi projetada com uma das mais modernas e ecoeficientes tecnologias de produção de cloro”, diz o CEO da empresa, Mauricio Russomanno. Segundo ele, isso possibilitará a redução de consumo de insumos como energia, atualmente responsável por 50% do custo de produção de cloro e soda.

A instalação será parcialmente abastecida por energia eólica de geração própria – projeto alinhado com a meta da Unipar de ultrapassar a taxa de 80% da matriz energética por meio de fontes renováveis até 2025.

Unipar: empresa tem como meta ultrapassar a taxa de 80% da matriz energética por meio de fontes renováveis até 2025 (Unipar/Divulgação)

Também na Bahia fica o Campo Eólico de Tucano. Com início das operações previsto para 2023, o empreendimento é uma joint venture entre a petroquímica e a AES Brasil, onde a Unipar tem participação em 25 aerogeradores. Do total de 150 MW de capacidade instalada, 60 MW médios serão utilizados pela companhia, em contrato de autoprodução por 20 anos.

A empresa também tem participação em duas iniciativas para geração de energia verde: a construção do Complexo Eólico Cajuína, no Rio Grande do Norte, com o mesmo parceiro, e do projeto Lar do Sol - Casablanca II, em Minas Gerais, com a Atlas Renewable Energy.

Os três parques devem ter, juntos, capacidade instalada de 239 MW, dos quais 49 MW serão destinados à Unipar. “Essas iniciativas vão assegurar o acesso à energia no longo prazo, dar mais competitividade nos custos e reduzir em pelo menos 15% os gases de efeito estufa até 2024”, afirma Russomanno.

Com a nova fábrica em Camaçari, a Unipar passará a ter quatro plantas – três no Brasil e uma na Argentina, localizada em Bahía Blanca. A expansão faz parte do plano da empresa que prevê dobrar de tamanho nos próximos dez anos.

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