Unilever: empresa disse nesta terça-feira que as vendas que excluem todo o impacto do câmbio, aquisições ou alienações subiram 2,1 por cento no quarto trimestre (Karin Salomão/Site Exame)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 07h49.
Londres - A gigante de bens de consumo Unilever divulgou um crescimento nas vendas no quarto trimestre menor que o esperado devido a mercados emergentes fracos, pondo um fim decepcionante para o ano mais difícil do setor em tempos recentes.
A fabricante dos sabonetes Dove e do chá Lipton disse nesta terça-feira que as vendas que excluem todo o impacto do câmbio, aquisições ou alienações subiram 2,1 por cento no quarto trimestre. Analistas esperavam, em média, um aumento de 2,6 por cento.
Na sequência de um dramático enfraquecimento nos mercados emergentes no ano passado que levou a Unilever a obter seu terceiro trimestre mais fraco em cinco anos, o crescimento dessas vendas da companhia encerraram 2014 com crescimento de 2,9 por cento, ante estimativas dos analistas de um avanço de 3,1 por cento.
A empresa disse que o crescimento havia permanecido fraco em mercados emergentes, onde as pressões econômicas estavam impactando a demanda do consumidor. Mercados desenvolvidos ficaram estáveis, com uma modesta retomada na América do Norte sendo parcialmente ofuscada por um mercado em retração na Europa.
"Nós não planejamos uma melhoria significativa das condições de mercado em 2015", disse o presidente-executivo Paul Polman. "Neste contexto, esperamos que o nosso desempenho para o ano inteiro deva ser semelhante ao de 2014, com o primeiro trimestre sendo mais fraco, mas com o crescimento melhorando durante o ano." O lucro operacional do ano ficou, no entanto, um pouco acima das estimativas, em 7,02 bilhões de euros, em comparação com uma previsão de 6,9 bilhões de euros, ajudado por cortes de custos.
Mais da metade das vendas da Unilever ocorrem nos mercados emergentes, e elas foram atingidas por uma confluência de eventos que incluíram uma desaceleração na China, uma recessão no Brasil e as sanções do Ocidente em relação à Rússia.