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Unilever quer comprar a empresa da atriz Jessica Alba

Multinacional estaria disposta a pagar até US$ 1 bilhão pela Honest e seus produtos “verdes”


	Jessica Alba, fundadora da Honest Company: negócio estaria sendo negociado por US$ 1 bilhão
 (Getty Images for Variety)

Jessica Alba, fundadora da Honest Company: negócio estaria sendo negociado por US$ 1 bilhão (Getty Images for Variety)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 16 de setembro de 2016 às 14h36.

São Paulo – Dona das marcas de sabonetes Dove e desodorantes Axe, a Unilever estará disposta a pagar US$ 1 bilhão pela empresa de produtos “verdes”, da atriz Jessica Alba.

A negociação ainda está em estágio inicial e acontece mesmo com o valor em jogo estando abaixo do que o estimado pela própria Honest no ano passado, de US$ 1,7 bilhão.

Fundada na Califórnia em 2011, a companhia fatura US$ 300 milhões com a venda de fraldas descartáveis, produtos de limpeza e cuidados pessoais “verdes”, feitos de forma ambientalmente mais responsáveis.

Tal perfil fez com que a empresa atraísse um público cativo nos Estados Unidos, em especial de mães mais jovens, dispostas a pagar por serviços de assinaturas mensais em sua loja virtual, além de garantir as vendas em supermercados como o Whole Foods.

Desde a criação, a empresa que tem a atriz Jessica Alba como cofundadora levantou US$ 200 milhões em investimentos – com a promessa de, em caso de vendas, pagar o dobro aportado a cada novo acionista.

A Unilever vende de pacotes de itens alimentares, domésticos e de cuidados pessoais para o mundo todo – no entanto, não haveria sobreposição de produtos nos Estados Unidos se ela comprasse a Honest.

Em 2008, a companhia vendeu sua área de sabão em pó por US$ 1,45 bilhão que atuava na América do Norte e, por lá, tem crescido com lançamentos para cabelos e cuidados da pele.

Com a compra, a Unilever seguiria a mesma tendência da concorrente P&G de atender os consumidores na busca de produtos feitos com menos componentes químicos prejudiciais.

Uma missão difícil demais para essas grandes indústrias, mas também para as menores.

Uma matéria do WSJ do início do ano, feita depois de uma minuciosa investigação, apontava que o detergente da marca Honest continha sulfato de sódio em sua composição, um dos componentes que a empresa dizia evitar.

Nada honesto para um negócio que nasceu e cresceu baseado no discurso do politicamente correto. 

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