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Unilever cria e-commerce para lojas de bairro

Por terem baixo volume de vendas, as lojas pequenas e de bairro não eram visitadas com tanta frequência por representantes de grandes fornecedores


	Unilever: Por terem baixo volume de vendas, as lojas pequenas tinham dificuldade de repor estoques
 (John Thys / AFP)

Unilever: Por terem baixo volume de vendas, as lojas pequenas tinham dificuldade de repor estoques (John Thys / AFP)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 15 de setembro de 2016 às 14h58.

São Paulo - A Unilever lançou um comércio eletrônico voltado a pequenos lojistas, que têm dificuldade na reposição de estoque.

O projeto Compra Unilever ainda está disponível apenas em São Paulo e deve ser expandido para o resto do Brasil nos próximos meses. O objetivo é alcançar 300.000 vendedores.

Por terem baixo volume de vendas, as lojas pequenas e de bairro não são visitadas com tanta regularidade por representantes de grandes fornecedores. Por isso, os varejistas precisam ir a atacados e correm o risco de ficar desabastecidos de certos produtos.

"Com frequência, o lojista não pode deixar o seu negócio para ir a um atacado, muitas vezes em outra cidade", afirmou Cris Souza, diretora dos Canais Diretos e Indiretos da Unilever.

Com o novo site Compra Unilever, ele não precisa esperar pela visita do representante da marca para realizar seu pedido. "Garantimos que essa loja sempre tenha disponibilidade de produtos, para que eles cheguem mais rápido ao consumidor", diz Patrícia Amaro, diretora de e-commerce da Unilever.

A distribuição será feita por parceiros aprovados pela Unilever, que já faziam o serviço de entregas a varejistas. Para se cadastrar no site é necessário ter um CNPJ.

Além dos produtos, a plataforma ainda oferece promoções exclusivas e dicas sobre como aumentar a rentabilidade do negócio, como instruções sobre posicionamento de produtos nas prateleiras e como melhorar o mix de itens.

"Não tínhamos como desenvolver esse tipo de relacionamento com o varejista, pois não tínhamos equipe para isso", afirmou Patrícia Amaro.

O comércio eletrônico foi desenvolvido pela Infracommerce, que também tem clientes como Ray-Ban, Oakley, Brasil Kirin, Aramis, Morena Rosa, Olympikus entre outros. A Infracommerce será responsável pela manutenção do portal, cadastro de produtos e pelo serviço de atendimento ao cliente.

Ela incluiu dois meios de pagamento que normalmente não são oferecidos ao varejista: cartão de crédito e boleto. "O mais comum é que o distribuidor dê crédito ao varejista para as compras. Mas o pequeno lojista muitas vezes não foi analisado pelo distribuidor e não tem acesso a esse meio", afirmou Gregory Perez, gerente de contas da Infracommerce.

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