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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Londres - A Unilever alertou para um aumento da pressão vinda de rivais e para maiores preços de commodities após divulgar um resultado trimestral abaixo do esperado pelo mercado, com um aumento de 3,6 por cento nas vendas do segundo trimestre, apesar do avanço forte em mercados emergentes.
A cautela da gigante de bens de consumo reflete a mensagem emitida por rivais como Procter & Gamble, que realizou grandes aportes em novos produtos para atrair consumidores mais exigentes e não vê sinais de abrandamento do cenário crítico.
O presidente da Unilever, Paul Polman, alertou nesta quinta-feira para um segundo semestre mais difícil em decorrência da intensificação da concorrência e do aumento de preços de matérias-primas como chá, leite e petróleo, prevendo que os preços de commodities, em geral, cresçam 2 por cento em 2010.
"Não esperamos que as pressões competitivas diminuam e nossa capacidade de aumentar preços permanecerá reprimida apesar dos maiores custos de commodities no segundo semestre", disse ele.
Polman prevê um crescimento econômico lento, especialmente em mercados desenvolvidos, onde a confiança do consumidor permanece frágil, mas afirmou que mantém a meta de crescimento do volume de vendas e aumento da margem para 2010 como um todo.
A Unilever registrou forte crescimento, de 11 por cento, em mercados emergentes, que respondem por metade das vendas do grupo, enquanto as vendas na Europa caíram em 2,2 por cento e os volumes recuaram 0,3 por cento por dificuldades enfrentadas na Grécia, Espanha e, em menor grau, Itália.
A companhia informou que, no segundo trimestre, as vendas totais avançaram 3,6 por cento, abaixo do consenso de mercado de 3,9 por cento, segundo pesquisa da Reuters com 12 analistas e inferior ao aumento de 4,1 por cento apurado um ano antes.
O lucro trimestral da Unilever subiu 38 por cento, a 0,36 euro por ação, pouco abaixo da estimativa de 0,37 euro, favorecido por corte de custos e menores preços de commodities.
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