Negócios

União Química quer exportar vacina russa produzida no Brasil

Farmacêutica brasileira entrou com um pedido de uso emergencial na semana passada junto à Anvisa

 (Sergey Pivovarov/Reuters)

(Sergey Pivovarov/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 19h24.

A farmacêutica brasileira União Química pretende dar continuidade à produção da vacina russa Sputnik V, com o objetivo de exportá-la a outros países da América do Sul.

A empresa e o fundo soberano russo RDIF, que negocia a Sputnik V para o Instituto Gamaleya, de Moscou, entraram com um pedido de uso emergencial na semana passada junto à Anvisa, mas foram informados de que mais documentação seria necessária.

O diretor de negócios internacionais da empresa, Rogério Rosso, afirmou que uma nova reunião com a Anvisa foi marcada para quinta-feira.

No entanto, “não precisamos de registro no Brasil para exportar" a outros países que aprovaram a Sputnik V, disse Rosso à Reuters, em entrevista nesta terça-feira.

A Argentina já começou a usar a vacina russa, que também foi registrada em Bolívia, Venezuela e Paraguai.

Um porta-voz do RDIF afirmou que mais de 10 países a registrariam até a próxima semana, seguindo procedimentos de uso emergencial que não exigem testes clínicos locais.

Rosso afirmou que o mercado potencial para a Sputnik V na América Latina, incluindo o Brasil, era de 300 milhões de doses em 2021.

"Nossa prioridade é o Brasi", disse Rosso. "Exportação é a mais pura realidade, pois a oferta de vacinas no mundo é menor do que a demanda".

O RDIF concordou na semana passada, em Moscou, com o fornecimento de material bruto à União Química para produzir 10 milhões de doses no primeiro trimestre de 2021 e 150 milhões até o fim do ano, disse o fundo.

O México busca administrar 7,4 milhões de doses da Sputnik V até o fim de março, que podem começar a chegar na próxima semana, embora o uso ainda não tenha sido aprovado, segundo o plano do governo apresentado na terça-feira.

Se a vacina russa não obtiver autorização para uso emergencial no Brasil, precisaria de um registro completo para ser usada no país.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusPandemiaRússiaSaúde no BrasilUnião Químicavacina contra coronavírusVacinas

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'