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União Europeia adia abertura de processo contra ZTE e Huawei

A Huawei é a segunda maior fabricante mundial de equipamento para telecomunicação, e a ZTE é a quinta


	Prédio da Huawei: a China é o segundo maior parceiro comercial da União Europeia, atrás dos EUA, e o bloco é o maior parceiro comercial da China
 (Brücke-Osteuropa/Wikimedia Commons)

Prédio da Huawei: a China é o segundo maior parceiro comercial da União Europeia, atrás dos EUA, e o bloco é o maior parceiro comercial da China (Brücke-Osteuropa/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 16h23.

Bruxelas - A Comissão Europeia adiou a abertura de um processo contra duas fabricantes chinesas de equipamento para telecomunicação sob investigação nos EUA, diminuindo as tensões com a China, segunda maior parceira comercial do bloco europeu.

Um relatório do Congresso dos EUA apontou Huawei e ZTE como potenciais riscos à segurança nacional e sugeriu a proibição delas no mercado norte-americano.

A Huawei é a segunda maior fabricante mundial de equipamento para telecomunicação, e a ZTE é a quinta.

Na Europa, onde vendem mais e a preocupação gira em torno de preço e não de segurança, as duas companhias terão algum tempo para respirar, provavelmente até a metade do ano que vem, disseram diplomatas e especialistas em comércio externo da União Europeia O comissário de Comércio da União Europeia, Karel de Gucht, está reunindo provas para abrir uma investigação antidumping ou por uso indevido de subsídios, mas nenhuma fabricante europeia --como Ericsson ou Alcatel-Lucent-- deu queixa, pré-requisito para uma investigação.

Analistas disseram que companhias europeias do setor relutariam em deixar a China, onde a demanda por equipamento para telecomunicação vem crescendo.

A Nokia Siemens Networks --terceira maior do setor no mundo--e a Alcatel-Lucent --a quarta-- não mostraram a intenção de dar queixa. A Ericsson inclusive afirmou que não quer investigação.

A China é o segundo maior parceiro comercial da União Europeia, atrás dos EUA, e o bloco é o maior parceiro comercial da China. O comércio bilateral deve atingir o recorde de 500 bilhões de euros (397 bilhões de dólares) neste ano.

Apesar desse recorde, as relações estão tensas. Gucht acusa a China de subsidiar "quase tudo" e atrapalhar a concorrência.

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