Ultrapar: conglomerado avalia que sua principal divisão de negócios, a rede de postos de combustíveis Ipiranga, está atravessando um primeiro trimestre mais difícil que o esperado (Lia Lubambo/Site Exame)
Reuters
Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 15h54.
São Paulo - O conglomerado Ultrapar avalia que sua principal divisão de negócios, a rede de postos de combustíveis Ipiranga, está atravessando um primeiro trimestre mais difícil que o esperado, diante de uma recuperação da economia em velocidade abaixo das expectativas da empresa.
Em teleconferência com analistas, o vice-presidente financeiro da Ultrapar, André Pires Dias, afirmou que o ambiente deve impactar a evolução do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do período.
"A recuperação econômica não está ocorrendo na velocidade que esperávamos. Está começando o ano mais devagar, mas nada que nos leve a acreditar que o ambiente que traçamos para todo o ano não vai se realizar", disse Dias.
As ações da Ultrapar recuavam 0,73 por cento às 12:51 (horário de Brasília), enquanto o Ibovespa tinha valorização de 1,02 por cento.
Na véspera, o conglomerado que tem operações industriais e de varejo divulgou queda de 8 por cento no lucro líquido do quarto trimestre sobre um ano antes, em meio a acordo de ajuste de conduta acertado por sua divisão de distribuição de gás de cozinha com o Conselho Administrativo de Defesa Ecônomica (Cade), base de comparação mais forte na divisão de logística, além de depreciação e amortização maiores.
Dias reafirmou que a Ultrapar espera crescimento de dois dígitos da Ipiranga este ano apoiado na expansão da economia, com forte crescimento nas vendas de veículos, mudanças na precificação dos preços dos combustíveis e na própria expansão orgânica "mais acelerada" da divisão.
A Ipiranga encerrou 2017 com 8.005 postos, crescimento de 6 por cento sobre 2016, quando a expansão da foi da ordem de 5 por cento.