Redução de R$ 0,46 por litro do preço do diesel também gerou perda pontual nos estoques (Lia Lubambo/Site Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de agosto de 2018 às 22h22.
Última atualização em 2 de agosto de 2018 às 11h19.
São Paulo - A greve dos caminhoneiros que aconteceu em maio não afetou apenas os resultados da Ipiranga, unidade de distribuição de combustíveis da Ultrapar, no balanço do segundo trimestre deste ano. O episódio também teve efeitos negativos sobre a Oxiteno, a Ultragaz e a Extrafarma. No total, a companhia calcula que perdeu R$ 213 milhões.
Na Ipiranga, os bloqueios nas bases de distribuição impossibilitaram o escoamento de produtos, gerando um impacto operacional estimado em 4% do volume de vendas. Esse impacto na perda de volume somado aos custos extraordinários com logística e segurança totalizou R$ 40 milhões.
Além disso, a redução de R$ 0,46 por litro do preço do diesel gerou uma perda pontual nos estoques de R$ 147 milhões, dos quais R$ 123 milhões em maio e junho e R$ 24 milhões em julho, devido à contabilização do estoque pelo custo médio.
Na Oxiteno, divisão de especialidades químicas, a empresa estimou a perda em R$ 13 milhões no trimestre. A greve dos caminhoneiros ocasionou a parada temporária de quatro unidades produtivas (Mauá, Suzano, Tremembé e Triunfo), em função da impossibilidade de escoamento de produtos. O impacto estimado no volume doméstico foi de 6 mil toneladas.
Na Ultragaz, negócio de distribuição de gás, a dificuldade de entrega de produtos foi concentrada no segmento granel, ocasionando uma perda de cerca de 7 mil toneladas. No Ebitda, o efeito foi de R$ 10 milhões.
Por fim, na rede de farmácias Extrafarma, a greve causou problemas logísticos no recebimento e na distribuição de produtos, além do menor fluxo de pessoas nas lojas durante a greve, resultando em um menor faturamento, com impacto no Ebitda de R$ 3 milhões.