O presidente da COP26, Alok Sharma: Países anunciam acordo que prevê fim gradual do uso de carvão com motor de energia (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 31 de outubro de 2021 às 09h58.
Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 12h46.
A conferência climática COP26 é "a última e a melhor esperança" de limitar o aquecimento global a +1,5ºC, o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris, declarou seu presidente, Alok Sharma, em sua abertura neste domingo, 31, em Glasgow, na Escócia.
Durante a pandemia de covid-19, "a mudança climática não tirou férias. Todas as luzes estão vermelhas no painel climático", acrescentou, pedindo mais ambições no primeiro dia de duas semanas de uma conferência sobre o clima considerada crucial para o futuro da humanidade. "Se agirmos agora e juntos, podemos proteger nosso precioso planeta", ressaltou.
No sábado, em Roma, onde participou da cúpula do G20, cujas conclusões serão examinadas para detectar a vontade das principais economias de lutar ativamente contra o aquecimento global, o secretário-geral da ONU, António Guterres, também soou o alarme. "Vamos ser claros, há um risco significativo de que Glasgow não cumpra suas promessas", disse ele.
O Acordo de Paris visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento bem abaixo de +2°C em comparação com a era pré-industrial, se possível +1,5°C.
Mas com as tendências atuais, os especialistas em clima da ONU (IPCC) alertam para o risco de alcançarmos +1,5°C por volta de 2030, enquanto os compromissos climáticos dos Estados levam a um aquecimento catastrófico de 2,7°C.
Com +1°C, as catástrofes naturais já está em andamento, desde incêndios na Califórnia ou Sibéria até temperaturas recordes no Canadá, passando por inundações destrutivas na China ou na Europa Ocidental.