Neymar: o fair-play financeiro (FPF) foi criado em 2010 com o objetivo de evitar que um clube gaste mais do que arrecada sozinho (Aurelien Meunier/Getty Images)
AFP
Publicado em 1 de setembro de 2017 às 18h22.
A Uefa abriu uma investigação formal ao Paris Saint-Germain sobre o fair-play financeiro, segundo anúncio da entidade nesta sexta-feira, para analisar "a conformidade do clube com a exigência do equilíbrio financeiro, em particular depois da recente atividade de contratações".
O PSG pagou 222 milhões de euros para tirar Neymar do Barcelona, além de oficializar a chegada de Kylian Mbappé por empréstimo, com opção de compra estimada em 180 milhões de euros.
"Nos próximos meses, a Câmara de Investigação do organismo de controle financeiro dos clubes da Uefa vai se reunir regularmente para avaliar cuidadosamente toda a documentação", especificou a Uefa em comunicado, indicando que "não vai haver nenhum comentário sobre esse assunto enquanto a investigação estiver em curso".
O fair-play financeiro (FPF) foi criado em 2010 com o objetivo de evitar que um clube gaste mais do que arrecada sozinho. Nem mesmo acionistas muito ricos podem ajudar a equilibrar esse déficit.
Desde então, os clubes que participam de competições organizadas pela entidade não podem ter perdas superiores a 30 milhões de euros em três anos.
O clube da capital francesa já foi punido em 2014 e uma segunda infração poderia ter consequências graves. As punições podem chegar até a exclusão da prestigiosa Liga dos Campeões, o grande sonho do PSG.
O Paris Saint-Germain emitiu uma reação ao anúncio da Uefa, afirmando estar surpreso e demonstrando confiança para que tudo transcorra bem para seus interesses.
"O clube está surpreso com esta atuação, já que a equipe do fair-play financeiro da Uefa foi informada permanentemente do impacto de todas operações realizadas nesta janela, quando nada nos obrigava a isso", escreveu o PSG.
"O diretor geral Jean-Claude Blanc fez uma apresentação, no dia 23 de agosto na sede do clube, para os especialistas da Uefa, entre eles Andrea Traverso (responsável do fair-play financeiro de da Uefa). Os elementos cifrados mostravam que a operação realizada com o FC Barcelona e a que está em curso com o AS Monaco estava inscritas sob as regras do FPF", indicou a direção do clube da capital francesa.
O PSG especificou que a direção geral teve novos contatos com os responsáveis do fair-play na quinta-feira, com o objetivo de detalhar a operação com o Monaco por Mbappé.