Siemens: fusão foi polêmica na França, já que alguns políticos de oposição denunciaram que grupo alemão absorveu a joia da indústria ferroviária francesa (Siemens/Getty Images)
AFP
Publicado em 13 de julho de 2018 às 19h35.
A Comissão Europeia iniciou, nesta sexta-feira (13), uma investigação sobre a fusão da construtora ferroviária francesa Alstom e o grupo automobilístico alemão Siemens, com o objetivo de preservar a livre-concorrência na Europa.
Esta fusão histórica, anunciada em setembro do ano passado, permitirá a criação de um gigante europeu do setor ferroviário, que dispute a liderança mundial com o grupo chinês CRRC e o canadense Bombardier.
A Alstom, fabricante dos trens de alta velocidade franceses, conhecidos popularmente como TGV, e a divisão de transporte de Siemens, que produz os ICE, assinaram no fim de março este acordo de união.
Contudo, a Comissão Europeia teme que esta operação "reduza a concorrência na produção de diversos tipos de trens e sistemas de sinalização", alertou em comunicado.
Por isso, as autoridades europeias pretendem examinar se este projeto de compra "privaria os operadores ferroviários europeus de uma maior variedade de fornecedores e produtos inovadores, e isso provocaria um aumento dos preços", que poderia afetar os passageiros.
A Comissão Europeia pode estudar esta situação até 21 de novembro antes de tomar uma decisão definitiva.
Alstom e Siemens não descartaram, em 8 de junho, que sua fusão fosse adiada até o primeiro semestre de 2019.
A fusão entre Alstom e Siemens foi uma polêmica na França, já que alguns políticos de oposição denunciaram que o grupo alemão absorveu a joia da indústria ferroviária francesa.