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UBS vai cortar 10 mil empregos em retirada de renda fixa

O banco vai isolar e fechar gradualmente as atividades de renda fixa que não são mais lucrativas


	Bandeira suíça diante de agência do banco UBS
 (Fabrice Coffrini/AFP)

Bandeira suíça diante de agência do banco UBS (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 08h22.

Zurique - O banco suíço UBS revelou planos nesta terça-feira para uma retirada gradual de seus negócios em renda fixa e demissão de 10 mil funcionários, em um momento no qual se adapta a regras de capital mais rígidas desde a crise financeira.

O UBS vai se concentrar nas operações de private banking e em banco de investimento de menor porte, se afastando de grande parte dos negócios que foram responsáveis pela maior parte de suas perdas de 50 bilhões de dólares desde o início da crise financeira.

A cifra inclui os 2,3 bilhões de dólares perdidos pelo operador Kweku Adoboli, que está sendo julgado por acusações de fraude e contabilidade falsa.

O presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, um ex-banqueiro do Merrill Lynch e do UniCredit que assumiu o posto depois do escândalo que envolveu Adoboli no ano passado, está liderando a reformulação de três anos, que tem como meta economizar 3,4 bilhões de francos suíços (3,6 bilhões de dólares), além dos cortes atuais de 2 bilhões de francos.

O banco vai isolar e fechar gradualmente as atividades de renda fixa que não são mais lucrativas como resultado das regras de capital mais rígidas sobre operações mais arriscadas introduzidas por governos após a crise.

As medidas correspondem a um corte de 15 por cento do quadro de funcionários, reduzindo a equipe do banco de 63.745 funcionários para 54 mil.

Cerca de 2.500 empregos serão cortados na Suíça, com o restante principalmente em Londres e nos Estados Unidos.

O restante do banco de investimento --ações, operações de câmbio, assessoria corporativa e corretagem de metais preciosos-- serão administrados por Andrea Orcel, um recente contratado por Ermotti vindo do Bank of America.

"O impacto líquido de todas as essas mudanças será transformador para a instituição", disseram o presidente do conselho, Axel Weber, e Ermotti, em carta a acionistas. "Nossos resultados serão menos voláteis, mais consistentes e de alta qualidade."

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