UBS: o UBS não foi acusado pois foi o primeiro banco a discutir o assunto com o Departamento de Justiça do país (Fabrice Coffrini/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2015 às 11h08.
Zurique/Nova York - O UBS vai pagar 545 milhões de dólares às autoridades dos Estados Unidos para encerrar uma investigação acerca de suposta manipulação de taxas de câmbio, um acordo que ajudará o banco suíço a seguir adiante após uma série de escândalos.
O montante é menor que o esperado e isso contribuía para uma alta de cerca de 3 por cento nas ações do UBS, que chegaram a tocar o maior nível em seis anos e meio.
O Departamento de Justiça disse que a procuradora-geral, Loretta Lynch, vai anunciar resoluções para outros bancos em conexão com manipulação de taxas de câmbio numa coletiva de imprensa em Washington nesta quarta-feira às 11h00 (horário de Brasília).
O pagamento do UBS faz parte do que se espera que seja um acordo combinado de vários bilhões de dólares de cinco dos maiores bancos do mundo com autoridades britânicas e dos EUA sobre supostas manipulações do mercado cambial, que movimenta 5 trilhões de dólares por dia.
O UBS disse nesta quarta-feira que o Federal Reserve, banco central dos EUA, aplicou uma multa de 342 milhões de dólares contra a instituição por seu papel no escândalo cambial.
O UBS não foi acusado pois foi o primeiro banco a discutir o assunto com o Departamento de Justiça do país.
Quatro outros bancos, JP Morgan, Citigroup, Barclays e Royal Bank of Scotland devem se declarar culpados nas acusações criminais relacionadas à investigação sobre o escândalo mais tarde nesta quarta-feira.