Uber: em contrapartida, a empresa disse que se dispõe a doar viagens para vacinação de grupos prioritários (simon2579/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 19 de março de 2021 às 18h10.
Última atualização em 19 de março de 2021 às 18h42.
A Uber enviou uma carta para o Ministério da Saúde, nesta quinta-feira, pedindo que seus motoristas e entregadores tenham prioridade na fila da vacinação contra a covid-19 e sejam imunizados junto com os demais trabalhadores do setor de transportes.
A vacinação de caminhoneiros, metroviários e profissionais de transporte coletivo rodoviário deve acontecer na quarta etapa do plano de vacinação nacional. Esta é a última fase e contempla também professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.
Segundo a companhia, o acesso à vacina “ajudaria os motoristas e as pessoas que realizam entregas a continuar a cumprir seu papel essencial, ao mesmo tempo que reduziria o risco para todos”.
Em contrapartida, a Uber disse que se dispõe a doar viagens para vacinação de grupos prioritários.
A empresa não foi a única a fazer esta solicitação. Outros grupo já pediram para se vacinar antes.
A federação que reúne funcionários da Caixa Econômica Federal também pediu que os trabalhadores do banco sejam incluídos no grupo prioritário, conforme divulgou a colunista Bela Megale, na semana passada.
Segundo a federação, com a iminência do retorno do pagamento emergencial, os bancos ficarão cheios criando um ambiente propício para propagação do vírus.
No início do mês, a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) alegou que os funcionários que atuam diretamente no abastecimento de água e no tratamento de esgoto precisam ter prioridade, porque as equipes ficam expostas ao coronavírus durante as operações de manutenção.
Até fevereiro, o Ministério da Saúde já havia recebido 45 pedidos para prioridades na vacinação
contra a covid-19. Entre os grupos que defendem a urgência na vacinação, estão personal trainers, trabalhadores dos Correios, fonoaudiólogos, produtores rurais, aeronautas, profissionais de limpeza, guardas municipais e burocratas das agências de regulação.