Uber: nos EUA, o serviço Freight já conecta 48 estados e gera mais de 125 milhões de dólares em receitas trimestrais (Ginnette Riquelme/Reuters)
Reuters
Publicado em 24 de julho de 2019 às 15h11.
Frankfurt — A Uber está lançando uma plataforma de transporte de carga na Alemanha, enfrentando startups locais de tecnologia em uma corrida para conquistar uma fatia do mercado europeu de caminhões, que vale 500 bilhões de dólares.
A Alemanha será o segundo mercado da Uber Freight a entrar em operação no continente depois da Holanda, disse um executivo à Reuters, com perspectiva de uma maior expansão, uma vez que as operações estejam funcionando sem problemas na maior economia da Europa.
Nos Estados Unidos, a Uber Freight já conecta 48 estados e gera mais de 125 milhões de dólares em receitas trimestrais.
Liderada pelo presidente-executivo, Dara Khosrowshawi, a Uber consultou as autoridades alemãs e a indústria para obter apoio para seu negócio de transporte de carga, disse Daniel Buczkowski, diretor de expansão da Uber Freight na Europa.
A Uber vai competir com empresas locais, incluindo a startup sennder, de Berlim, que recebeu investimento de 70 milhões de dólares da empresa de private equity Lakestar e de outros investidores em uma avaliação de 300 milhões de dólares, e que já tem uma presença mais ampla na Europa.
Buczkowski vê a vantagem da Uber Freight no seu alcance mundial e na sua tecnologia já comprovada. "Como uma empresa global, temos a envergadura para inovar constantemente e criar novos produtos e recursos que suportem todo o mercado", disse.
Ao contrário do aplicativo de transporte privado da Uber ou de seu serviço de entrega de alimentos, a Uber Freight operará como intermediária em um mercado com uma estrutura de preços já estabelecida.
A empresa ganhará dinheiro com a margem entre o preço pago pelo remetente e a quantia paga ao caminhoneiro, isolando-se do tipo de reclamação feita por muitos motoristas que alegam que lutam para obter uma renda decente.
A indústria também precisa de novos funcionários, com o Banco Mundial estimando que dois terços dos motoristas alemães irão se aposentar na próxima década, ameaçando-a com a falta de capacidade em uma indústria que faz mais de 70% do transporte de carga.