Uber: a Waymo acusava o Uber de ter roubado e utilizado informações confidenciais (David Paul Morris/Bloomberg)
EFE
Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 16h39.
Nova York - O Uber e a Waymo, a filial do Google que desenvolve veículos autônomos, anunciaram nesta sexta-feira que chegaram a um acordo para encerrar a disputa judicial que mantinham por um suposto roubo de tecnologia.
O pacto dará fim ao julgamento que começou nesta semana em um tribunal de San Francisco, um caso que agitou Vale do Silício durante o último ano.
O Uber pagará à Waymo com 0,34% das suas ações que, na avaliação atual de US$ 72 bilhões, equivalem a US$ 240 milhões, segundo vários veículos de imprensa americanos.
A Waymo acusava o Uber de ter roubado e utilizado informações confidenciais sobre seus veículos autônomos após adquirir a Otto, empresa de um engenheiro que tinha trabalhado anteriormente na filial do Google.
O engenheiro, Anthony Levandowski, foi demitido do Uber no ano passado no meio da polêmica, embora a empresa tenha sempre defendido que não utilizou a tecnologia da sua rival.
Segundo a Waymo, Levandowski teria levado até 14 mil documentos confidenciais que teriam permitido ao Uber avançar no seu programa de desenvolvimento de veículos autônomos.
Em comunicado, a diretora-executiva do Uber, Dara Khosrowshahi, admitiu que a aquisição da Otto "poderia e deveria ter sido conduzida de outra forma", mas insistiu que nenhuma informação secreta chegou à sua companhia.
"Embora não eu possa apagar o passado, posso me comprometer em nome de cada funcionário do Uber que aprenderemos com isso e levaremos em conta em todas as nossas ações futuras", disse Dara.
Por sua vez, a Waymo apontou que o acordo garante que o Uber não usará nenhuma informação confidencial e protegerá sua propriedade intelectual.
"Estamos comprometidos a trabalhar com o Uber para garantir que cada companhia desenvolva sua própria tecnologia", indicou a empresa em uma nota.