Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta quarta-feira a rede de lojas Nordstrom por retirar do mercado uma linha de roupa de sua filha mais velha, Ivanka.
"Minha filha Ivanka recebeu um tratamento tão injusto da @Nordstrom. Ela é uma grande pessoa, sempre me estimulando para fazer o correto! Terrível!", escreveu Trump em uma breve mensagem publicada em sua conta pessoal no Twitter.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta quarta-feira a rede de lojas Nordstrom por retirar do mercado uma linha de roupa de sua filha mais velha, Ivanka.
"Minha filha Ivanka recebeu um tratamento tão injusto da @Nordstrom. Ela é uma grande pessoa, sempre me estimulando para fazer o correto! Terrível!", escreveu Trump em uma breve mensagem publicada em sua conta pessoal no Twitter.
A Nordstrom, que tem sua sede em Seattle (estado de Washington), emprega mais de 76.000 pessoas e possui centenas de estabelecimentos nos EUA e no Canadá, anunciou no último dia 5 de fevereiro a retirada da marca de roupa de Ivanka Trump devido a suas baixas vendas.
"Temos milhares de marcas. A cada ano, cortamos 10% e renovamos nossa seleção com a mesma quantidade. Neste caso, em função do desempenho da marca, decidimos não comprá-la para esta temporada", explicou um porta-voz da empresa ao jornal local "The Seattle Times".
Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou hoje que as críticas públicas do presidente a uma empresa se emolduram dentro do "direito de um pai de defender sua filha".
Spicer opinou ainda que a decisão da Nordstorm de retirar a linha de roupas de Ivanka Trump demonstra que "há um ataque contra sua marca".
Apesar da razão oficial que motivou a medida, a Nordstrom sofreu uma grande pressão de grupos que promovem o boicote a produtos da família Trump, proprietária de um império imobiliário e vários negócios.
Ivanka Trump não tem um papel oficial na Casa Branca, mas seu marido, Jared Kushner, trabalha como assessor do presidente americano.
No entanto, Ivanka faz parte do círculo íntimo do polêmico Trump, que expressou publicamente sua admiração por ela em repetidas ocasiões.
13 empresas impactadas pelas políticas de Donald Trump
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1. Uber
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1/13 (Uber/Divulgação)
Depois do chamado Muslim Ban, a aliança de taxistas de Nova York fez uma greve e deixaram de atender o aeroporto JFK International por uma hora. Sem táxis, muitos se voltaram a Uber e rapidamente os preços para a região do aeroporto subiram. A Uber desligou os preços dinâmicos em seguida, mas muitos usuários criticaram a empresa por ter furado a greve e se aproveitado da situação de tristeza para ter mais lucros. Muitos deletaram o aplicativo e a hashtag #deleteUber logo chegou ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter. O CEO e co-fundador, Travis Kalanick, enviou um e-mail aos funcionários da Uber, falando do impacto que o decreto teria na vida dos motoristas que trabalham nos Estados Unidos mas moram ou estão visitando alguns dos países com restrições de viagem.
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2. Starbucks
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2/13 (Getty Images)
Depois que Donald Trump assinou vetos a imigrantes vindos de sete países de maioria muçulmana, algumas empresas foram rápidas nas respostas à crise que se seguiu. A rede de cafés Starbucks afirmou que irá contratar 10.000 refugiados nos 75 países em que atua, pelos próximos cinco anos. O presidente da companhia, Howard Schultz, enviou um e-mail aos seus funcionários. “Vivemos tempos sem precedentes, nos quais somos testemunhas de que a consciência de nosso país e a promessa do sonho americano foram colocadas em xeque”,
disse.
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3. Facebook
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3/13 (Win McNamee/Getty Images)
O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg,
usou a rede social para fazer uma crítica à administração do presidente Donald Trump em relação aos refugiados.
“Meus bisavôs vieram da Alemanha, Áustria e Polônia. Os pais de Priscilla (sua esposa) eram refugiados provenientes da China e Vietnã. Os Estados Unidos é um país de imigrantes, e devemos ter orgulho disso”, escreveu Zuckerberg. Ele lembrou que o país “é uma nação de imigrantes”.
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4. Airbnb
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4/13 (Martin Bureau/AFP)
O Airbnb foi outra companhia a se posicionar contra o veto a imigrantes muçulmanos. O presidente da companhia de aluguéis propôs dar alojamento gratuito às pessoas afetadas pelo decreto.
“O Airbnb fornece um alojamento gratuito aos refugiados e a qualquer pessoa proibida de entrar nos Estados Unidos”, disse Brian Chesky no Twitter.
If you're able to host refugees in need via Airbnb, you can sign up here:
https://t.co/ccI5BKW0mX https://t.co/WWTGUNemMv
//platform.twitter.com/widgets.js
"Não permitir que refugiados ou de pessoas de certos países entrem na América não está certo e devemos estar com aqueles que são afetados", escreveu.
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5. General Motors
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5/13 (.)
Um dos alvos de Trump são as montadoras, que importam carros para o mercado mexicano a partir de suas fábricas no México.
Antes mesmo de tomar posse, no início de janeiro, Trump enviou um tweet para a General Motors, dizendo que a montadora deveria produzir os modelos Chevy Cruze nos Estados Unidos ou pagar altas taxas de importação.
No entanto, a companhia respondeu que apenas 2,4% do total de 190 mil carros desse modelo que foram vendidos nos Estados Unidos são fabricados no país vizinho. A GM ainda afirmou que está disposta a conversar sobre as particularidades de seu negócio com a equipe do presidente eleito e que alguns detalhes ficam de fora na discussão pelas redes sociais.
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6. BMW
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6/13 (BMW/Divulgação)
A BMW também
foi advertida em relação às suas importações para os EUA a partir do México e que ela deverá pagar altas taxas para trazer seus carros ao país. A montadora alemã garantiu que manterá os planos para inaugurar a fábrica em San Luis Potosí em 2019.
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7. Volkswagen
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7/13 (Fabian Bimmer/Reuters)
A Volkswagen afirmou que, apesar da pressão, não irá desistir de suas fábricas mexicanas. “Acredito que Trump não gostaria que nós fabricássemos carros apenas para exportá-los ao México. O México é, para nós, um mercado muito grande também”, disseHerbert Diess, chefe da VW.
A companhia se comprometeu a produzir seus carros elétricos nos EUA. O diretor da VW na América do Norte, Hinrich Woebcken, disse não estar preocupado com os comentários de Trump e que a empresa tem presença forte nos EUA, onde pretende investir US$ 7 bilhões até 2019.
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8. Toyota
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8/13 (foto/Getty Images)
Outra montadora ameaçada foi a Toyota. Ao comemorar a instalação de uma fábrica de US$ 1 bilhão no México, a Toyota recebeu um tweet furioso do presidente americano, que ameaçou impor tarifas de importação à montadora. No entanto, a companhia japonesa
disse que não abriria mão do seu investimento, que estava planejado há 6 anos. O executivo-chefe da Toyota Motor América do Norte, Jim Lentz, afirmou que a Toyota investiu US$ 22 bilhões nos EUA desde que chegou ao país há 60 anos e que planeja investir outros US$ 10 bilhões ao longo dos próximos cinco anos.
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9. Ford
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9/13 (Carlos Jasso/Reuters)
A Ford, por outro lado, retrocedeu com a pressão. Depois das intimações do presidente americano para fortalecer a produção de veículos no país, a Ford anunciou que irá abandonar os planos para construir uma fábrica de US$ 1,6 bilhão no México e que vai investir US$ 700 milhões ao longo de quatro anos em numa planta no Estado norte-americano de Michigan.
A montadora vê com otimismo as políticas protecionistas do republicano, pois elas irão produzir empregos e investimento no setor automotivo dos EUA.
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10. Fiat Chrysler
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10/13 (Sean Gallup/Getty Images)
A Fiat Chrysler elogiou Trump por buscar melhoria no ambiente para empresas operarem nos EUA. Ela afirmou nesta segunda-feira por anunciarem novos investimentos no país após ele fez da produção norte-americana de veículos parte importante de sua campanha. Assim,
irá investir US$ 1 bilhão e criar 2 mil empregos em fábricas do grupo em Ohio e Michigan.
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11. José Cuervo
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11/13 (Divulgação)
A dona da tequila José Cuervo, a mexicana Becle, é uma companhia bastante sensível às movimentações políticas dos EUA. Cerca de 75% do que ela produz em sua fábrica no México é vendido para os Estados Unidos e o Canadá. Por isso, a introdução de impostos sobre importações pode abalar suas vendas. A maior produtora de tequila do mundo
adiou seu IPO (oferta inicial de ações) por duas vezes. No entanto, ela deve retomar seus planos para a estreia na bolsa de valores.
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12. Tiffany
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12/13 (Arnd Wiegmann/Reuters)
Outras empresas foram indiretamente afetadas pela eleição do empresário. A joalheria Tiffany divulgou, que suas vendas caíram 4% no fim de 2016, pois sua principal loja está localizada na Trump Tower, em Nova York. O reforço de segurança do prédio buscava afastar manifestantes, mas acabou inibindo a visita de consumidores à loja verde água.
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13. Bayer Monsanto
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13/13 (foto/Getty Images)
Depois de sua fusão com a Monsanto, a Bayer se reuniu com o governo americano para
falar sobre seus planos para o país. Após a reunião, um porta-voz de Trump afirmou que a companhia de medicamentos e pesticidas pretende aumentar as vagas de trabalho em 30% e investir mais de US$ 8 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.