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Troca de gestão gera incerteza na Usiminas

Decisão judicial que resultou na troca do presidente da Usiminas fez com que as ações fechassem em queda, na contramão de outras siderúrgicas


	Usiminas: saída de Sergio Leite foi mal recebida pelo mercado, uma vez que gera incertezas sobre o futuro da empresa
 (Nelio Rodrigues/Exame Hoje)

Usiminas: saída de Sergio Leite foi mal recebida pelo mercado, uma vez que gera incertezas sobre o futuro da empresa (Nelio Rodrigues/Exame Hoje)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2016 às 10h01.

São Paulo - As ações da Usiminas sofreram um revés na quinta-feira, 6, um dia após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinar a troca de comando na siderúrgica.

O executivo Rômel de Souza foi reconduzido ao cargo no lugar de Sérgio Leite, eleito em maio presidente executivo da companhia.

Os papéis preferenciais da Usiminas fecharam em queda de 1,88%, a R$ 3,65, na contramão das outras siderúrgicas - CSN e Gerdau, que subiram 1,76% e 2,56%, respectivamente, e ficaram entre as maiores altas do BM&FBovespa.

A saída de Leite foi mal recebida pelo mercado, uma vez que gera incertezas sobre o futuro da companhia, segundo analistas ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A siderúrgica, que concluiu recentemente um processo de reestruturação de dívidas, protagoniza uma das maiores disputas societárias da história do País desde setembro de 2014, após desentendimentos entre os dois sócios controladores da companhia - a japonesa Nippon Steel e o grupo ítalo-argentino Ternium/Techint.

Ao Broadcast, Leite afirmou que segue "sereno e em frente nesta jornada pela Usiminas, confiante em que a força da empresa prevalecerá". Com a decisão da Justiça, o executivo volta para a vice-presidência comercial da siderúrgica mineira. A nomeação de Leite à presidência foi contestada pela Nippon, que argumentou que a eleição do executivo feria o acordo de acionistas da empresa.

Souza é o nome de confiança da Nippon e foi conduzido ao cargo em setembro de 2014 com a destituição do então presidente da siderúrgica Julian Eguren e outros dois diretores, que eram indicados pela Ternium.

Crise

Nos últimos meses, a Usiminas correu contra o relógio para realongar suas dívidas e evitar um pedido de recuperação judicial. A briga entre os sócios agravou ainda mais a situação da companhia, que tem sido afetada pela baixa demanda no mercado interno e excesso de demanda global de aço.

Seguindo o movimento da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Usiminas anunciou para seus clientes da rede de distribuição um aumento de 5% em seus produtos, que valerá a partir de 28 de outubro, apurou o Broadcast. Esse será seu quarto aumento de preços somente neste ano.

Fontes afirmam que o reajuste ocorre na esteira do aumento dos preços do carvão, uma das principais matérias-primas para a produção do aço. Procurada, a Usiminas não comentou o assunto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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