Fábrica da Nokia: funcionários pararam de trabalhar na terça-feira, com queixas sobre mudanças feitas na esteira da venda do negócio de celulares da companhia para a gigante de softwares Microsoft (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2013 às 12h21.
Guangzhou - Trabalhadores em greve de uma fábrica da Nokia no sul da China ameaçaram estender a paralisação nesta sexta-feira, após a companhia ter encerrado o contrato de 59 funcionários por não terem voltado ao trabalho.
Centenas de funcionários pararam de trabalhar na terça-feira, com queixas sobre mudanças feitas na esteira da venda do negócio de celulares da companhia para a gigante de softwares Microsoft, dos Estados Unidos. Os trabalhadores em greve disseram que estão sendo forçados a assinar novos contratos com piores termos de trabalho.
Na sexta-feira, uma foto postada no Twitter por um regulador chinês trabalhista mostrou centenas de manifestantes de fora da fábrica, segurando cartazes que diziam: "Se você quer mudar o casamento, tem que dar compensação primeiro." O porta-voz da Nokia Doug Dawson disse que a empresa realizou uma série de sessões com seus funcionários ao longo dos últimos dias "para explicar a situação e dissipar os muitos rumores e falsas declarações".
A informação foi negada por alguns funcionários. "A empresa não enviou nenhum representante para negociar com a gente, e o sindicato também não está fazendo nada", afirmou um dos trabalhadores, que não quis ser identificado.
Dawson disse que a empresa "rescindiu os contratos de 59 indivíduos que decidiram não voltar ao trabalho", acrescentando que a grande maioria dos 5.000 trabalhadores da fábrica estão no trabalho, com a manutenção das operações de fabricação.