Olympus está em busca de um investidor disposto a ajudar sua recuperação após escândalo contábil (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2012 às 14h05.
Tóquio - O grupo de private equity TPG Capital está disposto a investir cerca de 1 bilhão de dólares na japonesa Olympus, em uma parceria com a Sony ou outro dos interessados que desejam o controle da companhia abalada por um escândalo, informou uma pessoa que conhece os planos da TPG.
A TPG informou executivos da Sony, Canon, Fujifilm Holdings e Panasonic de seu interesse em oferecer capital e assessoria especializada, a fim de reanimar a fabricante de câmeras e equipamento médico, segundo a fonte.
A Olympus está em busca de um investidor amistoso disposto a realizar um investimento minoritário e a ajudar sua recuperação após um escândalo contábil de 1,7 bilhão de dólares que abateu o preço de suas ações e deixou um grande rombo em seu balanço.
Companhias de eletrônica como a Sony, Canon e Panasonic estão interessadas nas operações de endoscópios para diagnósticos da Olympus como parte de seus esforços de expansão para a área da saúde, ao passo que a Fujifilm já opera no lucrativo mercado de endoscópios, apontam fontes bancárias.
Até o momento, a TPG ainda não recebeu indicação desses potenciais parceiros de que estariam dispostos a colaborar em uma transação, disse a fonte, que pediu que seu nome não fosse revelado devido à natureza delicada da questão.
Mas a TPG acredita que seria uma parceira efetiva ao oferecer capital e sua experiência de gestão, reestruturação e no campo da saúde, e ao assumir partes da empresa que o investidor estratégico não deseje, disse a fonte.
Um porta-voz da TPG se recusou a comentar.
"Minha impressão é de que a chance de que o setor de capital privado se envolva na Olympus é de 50 por cento", disse Tetsuro Ii, presidente-executivo da Commons Asset Management.
"O parceiro estratégico teria de adquirir a parte do fundo a um preço mais alto, no futuro. Mas o fato é que a Olympus realizou muitas aquisições até agora, e boa parte delas terão de ser vendidas ou reestruturadas. Provavelmente faz mais sentido contar com a assistência de um fundo para fazê-lo", acrescentou.