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Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 09h39.
Detroit/Tóquio - A Toyota Motor está encerrando um congelamento de três anos na construção de novas fábricas de montagem de veículos e está buscando abrir duas novas fábricas na China e outra no México, segundo quatro executivos familiarizados com os planos da empresa.
A montadora japonesa já concluiu os estudos iniciais de viabilidade tanto na China quanto no México, de acordo com os executivos, e "as equipes estão prontas para executar", como um deles colocou. As fontes falaram sobre o assunto nas últimas semanas.
Jim Lentz, chefe de operações norte-americanas da Toyota, disse na segunda-feira que, após "uma parada de três anos" em relação aos novos investimentos em capacidade, a paralisação havia terminado para a Toyota.
Lentz, que falava à margem do salão do automóvel de Detroit, não quis comentar planos específicos para adicionar capacidade de produção no México ou na China.
"Nós vamos crescer novamente. Vamos subir a escada", disse ele à Reuters em uma entrevista. "Mas é uma maneira diferente da do passado."
Operações chinesas da Toyota estão avaliando planos para construir duas fábricas de montagem, uma na cidade de Changchun, no Nordeste do país, e outra na cidade de Guangzhou, no Sul, onde a empresa já produz carros.
No México, a Toyota está buscando um local para uma fábrica de automóveis de passageiros em torno do estado central de Guanajuato, disseram pessoas familiarizadas com os planos.
"A única coisa que estamos esperando é uma luz verde final de cima", disse um dos executivos que é gerente sênior na China.
A situação é mais ou menos a mesma no México, afirmou ele. Todos os quatro executivos da Toyota que conversaram com a Reuters não quiseram ser identificados porque não estão autorizados a falar com jornalistas.
Um movimento renovado de expansão pela Toyota, maior montadora do mundo, irá colocar mais pressão sobre as rivais, incluindo a General Motors e Volkswagen, em um mercado automotivo global ainda sobrecarregado pelo excesso de capacidade.
Imediatamente após a crise financeira, as grandes montadoras foram cautelosas sobre a adição de capacidade de produção.
Agora, com a demanda nos Estados Unidos de volta a níveis pré-recessão e o mercado de automóveis da China em crescimento, ainda que mais lento, as montadoras estão anunciando mais planos de expansão.