Toshiba: no último ano fiscal, a empresa teve um prejuízo líquido de 37,8 bilhões de ienes (Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2015 às 10h18.
Tóquio - A japonesa Toshiba Corp registrou um prejuízo líquido no seu último ano fiscal e prometeu uma consistente reestruturação, aumentando as esperanças de que finalmente está deixando para trás um escândalo contábil de 1,3 bilhão de dólares.
A apresentação das contas da companhia, duas vezes adiada devido a problemas de contabilidade, ajudou a dissipar preocupações entre alguns investidores de que o conglomerado que atua em áreas que vão de laptops a energia nuclear arriscaria sua saída da bolsa se perdesse o mais recente prazo de divulgação.
As ações da Toshiba subiram 1,8 por cento nesta segunda-feira, mas ainda estão em baixa de cerca de 30 por cento desde que as questões contábeis foram divulgadas no início de abril. Analistas, no entanto, disseram que a empresa ainda tinha de enfrentar problemas profundamente enraizados.
"A Toshiba ainda está enfrentando uma série de problemas assustadores, como o que fazer com seus negócios não rentáveis de PC e TV", disse o analista sênior da IwaiCosmo Securities Hiroyasu Nishikawa, acrescentando que os problemas contábeis devem se arrastar devido a ações judiciais movidas por acionistas.
No último ano fiscal, a empresa teve um prejuízo líquido de 37,8 bilhões de ienes (318 milhões de dólares). A companhia chegou a esperar um lucro líquido de 120 bilhões de ienes antes de retirar a estimativa em maio, quando anunciou que a investigação contábil estava sendo expandida.
O novo presidente-executivo da empresa, Masashi Muromachi, prometeu nesta segunda-feira anunciar um plano de reestruturação para os negócios de semicondutores, PCs e TVs até o final do ano.
Ele também disse que estava reexaminando os planos de seu antecessor, que deixou o cargo em meio ao escândalo em julho, envolvendo o crescimento da unidade de saúde por meio de aquisições.
A empresa também anunciou nesta segunda-feira que o ex-presidente da Shiseido Shinzo Maeda será o chefe de um Conselho renovado com 11 membros, a maioria dos quais conselheiros externos, o que dependerá da aprovação em assembleia extraordinária marcada para 30 de setembro.