Negócios

Toffoli nega pedido de sindicato e mantém leilão da Cepisa

O ministro negou o pedido de medida liminar do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Piauí para barrar o leilão

Leilão de hoje: a Cepisa será a primeira, das seis distribuidoras da Eletrobras, a ser privatizada (Ueslei Marcelino/Reuters)

Leilão de hoje: a Cepisa será a primeira, das seis distribuidoras da Eletrobras, a ser privatizada (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2018 às 08h10.

Última atualização em 26 de julho de 2018 às 08h11.

Brasília - O presidente interino do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu nesta quarta-feira, 25, manter o leilão da Cepisa, distribuidora da Eletrobras que atua no Piauí. O leilão da empresa está marcado para hoje em São Paulo.

Conforme informou o Broadcast Político, a Advocacia-Geral da União (AGU) acompanha em tempo real a movimentação em diversas instâncias judiciais nas quais advogados contratados pelos empregados estão atuando. A ministra-chefe da AGU, Grace Mendonça, discutiu o assunto nesta quarta-feira em audiência com Toffoli.

Toffoli tomou duas decisões envolvendo o leilão da Cepisa: o ministro negou o pedido de medida liminar do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Piauí para barrar o leilão. Em outro processo, não viu urgência no pedido do Estado do Piauí para a imediata suspensão da desestatização da Cepisa, o que, na prática, também mantém o leilão.

"Em que pese a iminência da abertura da sessão pública do certame, entendo, que não há a urgência alegada", escreveu Toffoli, observando que a homologação do resultado do leilão "está prevista para ocorrer, segundo o mesmo cronograma, apenas em 20/9/18".

Responsável pelos despachos do Supremo nesta semana durante o período do plantão, Toffoli destacou que a relatora do caso, ministra Rosa Weber, "fará a apreciação" do pedido do governo piauiense "em seu devido tempo".

Pedidos para suspender o leilão também foram negados pela Justiça Federal do Piauí, do Rio de Janeiro e pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), segundo o Broadcast Político apurou.

Questão

O sucesso da venda da Cepisa se tornou uma questão primordial para o governo. É preciso dar um sinalização positiva aos acionistas da Eletrobras para convencê-los a votar a favor da prorrogação da prestação temporária de serviços das distribuidoras pela Eletrobras. O prazo se encerra em 31 de julho e é preciso estendê-lo até 31 de dezembro. A assembleia está marcada para 30 de julho.

Para evitar riscos, o governo colocou dezenas de advogados e procuradores dedicados ao assunto. Entre os envolvidos estão procuradores da AGU em todo o País e consultores jurídicos dos ministérios do Planejamento, Fazenda e Minas e Energia. Também estão no plantão escritórios de advocacia que atuam pela Eletrobras e pelo BNDES, que conduz o leilão.

Contratados por empregados, escritórios de advocacia entraram com vários pedidos para suspender o leilão. Eles tentam aplicar à Cepisa a decisão do ministro Ricardo Lewandowski a respeito da autorização do Congresso para privatização de empresas.

Na última sexta-feira, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que está no exercício da presidência da República, negou pedido semelhante da Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL). Toffoli assumiu o comando da Suprema Corte já que Cármen está ocupando interinamente a presidência da República nesta semana.

Acompanhe tudo sobre:EletrobrasLeilõesPiauíPrivatização

Mais de Negócios

21 franquias baratas que custam menos que um carro popular usado

Startup quer trazer internet mais rápida e barata para empresas

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980