Sede da TNT Express em São Paulo: resultado ruim no Brasil (Reprodução/Google Maps)
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 08h06.
Amsterdã - Em uma tentativa de convencer os investidores de seu valor isolado, a companhia de logística holandesa TNT Express disse que retomará foco em suas operações na Europa, seu principal negócio, e que busca parceiros ou considera a venda de suas operações em mercados emergentes, incluindo Brasil, após reportar prejuízo líquido no quatro trimestre. As declarações seguem-se à apresentação de oferta de compra não solicitada de sua concorrente norte-americana UPS.
A TNT reportou hoje prejuízo líquido de 173 milhões de euros no tremeste (US$ 229 milhões) até 31 de dezembro, revertendo um lucro de 4 milhões de euros no mesmo período do ano anterior. O prejuízo foi provocado por encargos relacionados à depreciação no valor de suas operações no Brasil, de 104 milhões de euros (US$ 138 milhões) e por 45 milhões de euros (US$ 56 milhões) em perdas contábeis com sua frota aérea. As receitas cresceram 2,3% para 1,87 bilhão de euros (US$ 2,5 bilhões), em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos últimos anos, a TNT expandiu seus negócios em mercados emergentes, especialmente no Brasil, China e Índia. Após ter vendido suas operações na Índia em dezembro, a TNT informou que irá avaliar as opções para seu negócio de entregas domésticas no Brasil e na China. Mas a executiva chefe da empresa, Marie-Christine Lombard, afirmou que ainda é cedo para prever o resultado das avaliações que serão feitas nos negócios da empresa no Brasil e na China, já que o processo acabou de ser iniciado.
"É a estratégia correta para esses negócios. Irá maximizar o valor dos ativos dos acionistas, porque irá elevar os resultados e o fluxo de caixa", afirmou Lombard em entrevista postada no site da empresa.
A companhia disse que o começo do ano foi difícil para suas operações na Europa, com pressão geral sobre os preços e baixo volume de entregas internacionais. A companhia não ofereceu projeção para o ano de 2012, citando as incertezas econômicas, o risco de recessão na Europa e a desaceleração da atividade econômica na Ásia. As informações são da Dow Jones.