No caso de liquidação, porém, terão preferência os credores trabalhistas, tributários, quirografários e donos de títulos emitidos no exterior (Reuters/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2012 às 14h22.
São Paulo - Uma liquidação do Banco do Cruzeiro do Sul dependerá mais do tipo do passivo do que de seu montante, disseram executivos da área de relações com investidores do banco e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), responsável pela administração da instituição, em teleconferência com analistas.
"Mais do que o tamanho de um eventual passivo, o mais importante é a natureza dele", disse nesta terça-feira Celso Antunes da Costa, diretor do FGC e administrador do banco sob o Regime Especial de Administração Temporária (Raet) decretado pelo Banco Central na véspera.
Costa salientou, no entanto, que considera o cenário de liquidação improvável. Em vez disso, trabalha com a tendência de que o Cruzeiro do Sul será vendido a investidores.
"Nosso cenário base é de venda", afirmou. "Achamos que o banco tem valor de mercado e pode ser vendido".
O executivo reiterou o que dissera na véspera, garantindo que todas as obrigações passivas do banco serão honradas durante os 180 dias da administração pela Raet, e que não haverá deságio sobre os títulos que forem resgatados.
No caso de liquidação, porém, terão preferência os credores trabalhistas, tributários, quirografários e donos de títulos emitidos no exterior, respectivamente, disse o diretor de relações com investidores do banco, Fausto Vaz Guimarães Neto.