Tinder: ex-funcionária da empresa acusa co-fundador de assediá-la (Divulgação)
Luísa Melo
Publicado em 2 de julho de 2014 às 09h38.
São Paulo - O Tinder suspendeu o seu cofundador e diretor de marketing, Justin Mateen, depois que ele foi acusado por uma ex-colega de assédio e discriminação sexual. A informação é do site de tecnologia Techcrunch.
De acordo com a publicação, Whitney Wolfe, que foi vice-presidente de marketing e ajudou a criar a companhia, processa o Tinder na Justiça por, entre outras coisas, ter sido chamada de prostituta por Mateen (à época seu chefe) na frente do presidente da empresa, Sean Rad.
A executiva também o acusa de ter enviado a ela muitos e-mails e mensagens de texto "sexistas, racistas e com outros comentários inapropriados.
Whitney reclama ainda que Rad, o presidente, teria ignorado suas reclamações e depois a demitido. O caso foi repercutido por toda a imprensa internacional.
Segundo o site da BBC, a IAC/InterActiveCorp, que junto com a Match.com detém a participação majoritária do site de paquera, teria informado que Mateen foi suspenso depois que uma investigação interna verificou que as mensagens que o executivo enviava para Whitney Wolfe eram realmente inapropriadas.
Porém, um porta-voz teria dito que apesar de condenar essas mensagens, a empresa "acredita que as acusações de Wolfe em respeito ao Tinder e à sua gerência são infundadas".
Outras polêmicas
De acordo com o site da BBC, Whitney Wolfe diz que foi ela quem sugeriu batizar o aplicativo de Tinder porque achava que o nome original, Matchbox, era muito parecido com Match.com.
Ela teria tido um relacionamento romântico com Mateen, depois que ele entrou para a companhia em 2012. O texto diz que no processo consta que, quando a relação dos dois estava terminando, o executivo teria chamado Whitney de "perdedora desesperada" em uma reunião de marketing e teria dito a algumas pessoas, incluindo Rad, que ela era alcoólatra.
Ao se queixar para o presidente, a moça teria recebido como resposta que era uma "menina sentimental" e que fazia parte do seu trabalho deixar Justin (Mateen) calmo".
O documento registra ainda que ela diz ter sido destituída do posto de co-fundadora do Tinder em 2013, depois de o ex-companheiro alegar que ter uma "fundadora mulher" faria a empresa se desvalorizar, segundo a BBC.