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TIM quer ser protagonista na consolidação, diz Abreu

Presidente da TIM posicionou a operadora como "protagonista" no cenário atual de telecomunicações


	Loja da TIM: Telecom Italia estaria trabalhando para propor uma fusão com a Oi
 (Marc Hill/Bloomberg)

Loja da TIM: Telecom Italia estaria trabalhando para propor uma fusão com a Oi (Marc Hill/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 20h35.

Rio - Em meio a articulações das principais concorrentes para formular proposta de fatiamento da TIM, o presidente da companhia, Rodrigo Abreu, reagiu nesta quarta-feira, 5.

O executivo posicionou a operadora como "protagonista" no cenário atual de telecomunicações, assim como em um eventual processo de consolidação do setor.

"O nosso plano é de seguir tendo a TIM como protagonista do cenário brasileiro de telecomunicações", afirmou em reunião com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre da tele, no Rio.

O executivo afirmou ainda que não existe nenhum acordo fechado e nenhum tipo de conversa sobre a venda da operadora. "O que existe é muita especulação."

Apesar da oferta ainda não ter sido apresentada à Telecom Italia, controladora da TIM, o BTG Pactual foi contratado como comissário mercantil pela Oi para formular uma proposta de compra da fatia da italiana, que deve ser feita em parceria com América Móvil (Claro) e Telefônica (Vivo).

A oferta está em elaboração e deve ser apresentada até o fim do mês, apurou o jornal "O Estado de S. Paulo".

O ministro da Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje que o governo não irá alimentar as especulações sobre o fatiamento da TIM. O ministro afirmou que as três companhias garantiram a ele que ainda não existe nenhum acordo para a operação.

"O mercado financeiro está interessado em ganhar dinheiro com comissões em uma operação dessa. Parte do mercado acredita que a rentabilidade das ações das empresas pode aumentar com uma companhia a menos no setor, mas acredito que isso seja ruim para o consumidor."

A Telecom Italia também trabalha para propor uma fusão com a Oi, de acordo com fontes envolvidas nas discussões.

Abreu disse hoje que a tele não está de "olhos fechados às oportunidades" e voltou a afirmar que o Bradesco é um dos assessores financeiros da empresa para avaliar alternativas estratégicas, assim como o Citibank.

"É um cenário onde existem toda e qualquer hipótese de reconfiguração de estratégia (...) Estamos atentos, porque queremos ser protagonistas desse processo". O discurso de protagonismo é defendido também pela concorrente Oi.

O presidente da TIM buscou destacar que a empresa tem "capacidade de permanência de longo prazo", assim como um plano sustentável, que independe de qualquer tipo de movimento de mercado.

"Nossa posição é invejável, seja do ponto de vista estratégico, operacional ou financeiro." Segundo Abreu, as especulações envolvendo a TIM não têm afetado o dia a dia da companhia.

Resultado

A TIM apresentou lucro líquido de R$ 348 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 10,6% ante mesmo período de 2013. Apesar de considerar o resultado positivo, o executivo citou desafios em um "ambiente de transição de receitas".

Uma das mudanças é em relação à queda da receita vinda de SMS, o que é compensando em parte com aumento do tráfego de dados.

Segundo ele, a receita das operadoras de SMS tende a desaparecer ou ser bem reduzida, o que considerou uma tendência de mercado. "O uso de dados, por outro lado, aumenta, o que é uma contrapartida", afirmou.

A receita vinda de SMS caiu 19,4% no terceiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2013. No período anterior, a redução tinha sido menor, de 8,2% na comparação anual.

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