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TIM pode considerar fusão com Oi, diz imprensa internacional

A agência de notícias Bloomberg afirma que “três pessoas familiares com o assunto” teriam dito que a Telecom Italia estaria avaliando uma aquisição da Oi


	Oi: na prática, seria possível que a TIM realizasse aumento de capital para fazer a oferta
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Oi: na prática, seria possível que a TIM realizasse aumento de capital para fazer a oferta (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 18h35.

São Paulo - Em mais um capítulo da novela da consolidação do mercado brasileiro de telecomunicações, uma nova movimentação aparece como possibilidade de juntar as escovas de dente.

A Telecom Italia (TI) estaria considerando uma fusão com a Oi para combater a Telefônica/GVT no Brasil, segundo diferentes fontes da imprensa internacional nesta terça-feira, 16.

O site italiano Il Sole 24 Ore afirma que o CEO da TI, Marco Patuano, teria sido aconselhado por bancos que estariam monitorando a situação, indicando que a TIM Brasil precisaria sair da posição de “presa" para a liderança de um processo de consolidação da indústria, especialmente após o grupo ter perdido a disputa pela brasileira GVT.

Patuano iria aguardar agora a próxima reunião do Conselho de Administração da Telecom Italia, no próximo dia 25, para obter mais detalhes sobre a estratégia.

Já a agência de notícias Bloomberg afirma que “três pessoas familiares com o assunto” também teriam dito que a Telecom Italia estaria avaliando uma aquisição da Oi.

Segundo o site, o grupo italiano poderia usar a TIM Brasil para comprar a Oi. Cita ainda o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, que teria dito em Nova York no último dia 11 que a empresa tem como um de seus principais motores a flexibilidade financeira.

“Somos uma companhia com nível de débito muito baixo, poderíamos fazer uma movimentação quando a oportunidade aparecesse, como foi o caso quando fizemos outras aquisições prévias”, teria dito ele à Bloomberg.

Na prática, seria possível que a TIM realizasse um aumento de capital para fazer a oferta.

A ideia de Patuano seria um “plano B”, para mostrar às autoridades brasileiras que uma aliança industrial ou fusão com a Oi faria sentido, especialmente com a fusão da Telefônica com a GVT.

A TIM ganharia sinergias com a Oi especialmente por conta da ampla cobertura fixa da incumbent em mercados fora do eixo Rio-São Paulo no país.

Do lado da Oi, diz o site italiano, a operadora brasileira estaria pronta para oferecer uma análise do BTG Pactual para a compra da TIM - possivelmente em parceria com a América Móvil.

Na semana passada, o presidente da Claro Brasil, Carlos Zenteno, admitiu que a matriz mexicana foi procurada pelo BTG, mas deu a entender que o banco teria procurado vários outros grupos.

Vale lembrar, entretanto, que a Oi continua com as atenções voltadas ao complicado processo de fusão com a Portugal Telecom.

Às 14h15, as ações ON da Oi (OIBR3) estavam em alta de 10,76%, as PN (OIBR4) tinham crescimento de 12,58% na Bovespa; e as da Portugal Telecom em alta de 7,56% na Euronext Lisboa.

Por outro lado, os papéis da TIM mostravam queda de 2,90%, e o da Telecom Italia recuando 2,01% na bolsa de Milão.

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