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Tim deve dobrar receita em 3 anos, diz Luciani

Operadora vai investir R$ 7 bilhões até 2012 para melhorar sua rede de dados

Loja da TIM em São Paulo: dados vão representar 20% da receita da empresa em 2010 (Lia Lubambo/EXAME)

Loja da TIM em São Paulo: dados vão representar 20% da receita da empresa em 2010 (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 14h11.

Cidade do México/São Paulo - O presidente da Tim Participações SA, Luca Luciani, disse que a terceira maior operadora de telefonia móvel do Brasil vai dobrar sua receita com pacotes de serviço de dados para celulares nos próximos três anos para enfrentar os concorrentes Telefónica SA e America Móvil SAB.

A operadora, controlada pela Telecom Italia SpA, aposta que o serviço de banda larga de internet para celulares será mais atraente para consumidores brasileiros do que as linhas fixas que suas concorrentes adquiriram. A Tim vai investir R$ 7 bilhões até 2012 para melhorar sua rede de dados, disse Luciani ontem, em uma entrevista por telefone.

Para incentivar os usuários a gastar mais com dados, a Tim está oferecendo acesso a internet em celulares por R$ 0,50 o dia. Isso pode ajudar a Tim a competir com as empresas que oferecem acesso a internet via linha telefônica, disse Luciani. Segundo ele, apenas cerca de 20 por cento das linhas fixas no Brasil têm também serviço de internet em banda larga.

“Já estamos oferecendo, inclusive para clientes pré-pagos, acesso à internet para todo mundo”, disse Luciani, 42 anos, que foi nomeado presidente em janeiro de 2009. “É uma plataforma muito mais competitiva.”

A Tim, com sede no Rio de Janeiro, terá cerca de 50 milhões de clientes no final do ano, incluindo 10 milhões de donos de celulares compatíveis com seu plano de acesso a internet de R$ 0,50 por dia, estima Luciani.


Serviços de dados

Os serviços de dados vão representar cerca de 20 por cento da receita da companhia no final do ano, disse ele. A empresa registrou receita de R$ 6,8 bilhões no primeiro semestre do ano.

A Telefónica, a America Móvil e a Tele Norte Leste Participações SA querem combinar suas operações de telefonia fixa e celular, o que deve aumentar a concorrência com a Tim, disse Alex Pardellas, analista da Banif Corretora em São Paulo.

“Eles vão oferecer TV por assinatura, serviço de telefonia fixa e celular, chamadas de longa distância, 3G e, basicamente, a Tim está apenas no serviço celular”, disse Pardellas, que tem recomendação de compra para ações ordinárias da Tim e neutra para as preferenciais. Ainda que a previsão da Tim de crescimento na receita com serviços de dados seja plausível, a companhia sai de uma base muito pequena, disse ele.

A Vivo Participações SA, subsidiária de telefonia móvel da Telefónica, é a maior operadora de celulares do Brasil, com 30 por cento dos assinantes, seguida por America Móvil, Tim e Tele Norte Leste, do Rio de Janeiro, que tem 19 por cento do mercado, segundo dados do governo. A Vivo registrou o mais forte ritmo de crescimento em usuários no último ano, com aumento de 18 por cento, seguida pela Tim, com expansão de 17 por cento.

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