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ThyssenKrupp prevê aumento de perdas em usinas nas Américas

Segundo a empresa, os custos de início de operação em suas usinas no Brasil e Estados Unidos deverão alcançar centenas de milhões de euros

Fábrica da ThyssenKrupp no Brasil: custos serão maiores (ANDRE VALENTIM)

Fábrica da ThyssenKrupp no Brasil: custos serão maiores (ANDRE VALENTIM)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 10h19.

Frankfurt - A ThyssenKrupp alertou que custos de início de operação em suas usinas de 12 bilhões de dólares no Brasil e Estados Unidos serão várias centenas de milhões de euros maiores que o esperado, atingidos por aumento de custos com matérias-primas e problemas ambientais.

As ações do maior grupo siderúrgico da Alemanha caíram depois que a empresa informou que "exigências financeiras maiores" no Brasil e nos Estados Unidos fizeram com que a dívida do grupo saltasse 3,7 bilhões de euros até o final do ano passado em relação ao mesmo período do ano anterior.

Analistas afirmaram que problemas ambientais da usina Companhia Siderúrgica do Atlântico, instalada no Rio de Janeiro, e outros problemas técnicos podem ter motivado os aumentos na previsão de custos. Apesar disso, uma alta acentuada nos preços de carvão também estão colocando pressão sobre a empresa. A ThyssenKrupp não deu detalhes sobre o assunto.

A companhia manteve suas metas de lucro motivada por forte demanda em seu país e desempenho de mercados emergentes superando perdas das usinas novas instaladas nos Estatos Unidos e Brasil.

O grupo informou nesta sexta-feira que o lucro líquido nos três meses encerrados em dezembro, seu primeiro trimestre fiscal, caiu quase que 50 por cento, para 101 milhões de euros, atingido pelos custos de início das usinas da unidade Steel Americas.

A previsão média de analistas consultados pela Reuters era de ganho de 62 milhões de euros.

"Estamos vendo uma agradável recuperação econômica com um preço muito dinâmico e desenvolvimento de volume em negócios de materiais e componentes", disse o presidente-executivo, Heirinch Hiesinger.

O boom econômico da maior economia da zona do euro permitiu à ThyssenKrupp operar usinas europeias a quase 100 por cento da capacidade no final do ano passado, ajudando a empresa a evitar pressão de margens que atingiu rivais expostos ao ainda fraco setor de construção.

A ThyssenKrupp informou que a Steel Americas provavelmente vai registrar prejuízo operacional na casa de elevados três dígitos de milhões de euros no ano que se encerra no fim de setembro. A estimativa anterior era de perda na cada de médios três dígitos.

As usinas nas Américas, uma delas sendo a CSA devem dar uma vantagem estratégica na região do Nafta em um momento em que a indústria automotiva e os setores de construção civil não residencial estão melhorando nos Estados Unidos.

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