Negócios

Thyssen avalia manter participação na CSA, diz fonte

Decisão poderia forçar o grupo alemão a injetar mais dinheiro na usina localizada no Rio de Janeiro


	Alto-Forno da CSN: Thyssen está tentando encontrar um comprador para a deficitária divisão Steel Americas, que além da CSA inclui uma usina de laminação nos Estados Unidos
 (Alexandre SantAnna/Veja Rio)

Alto-Forno da CSN: Thyssen está tentando encontrar um comprador para a deficitária divisão Steel Americas, que além da CSA inclui uma usina de laminação nos Estados Unidos (Alexandre SantAnna/Veja Rio)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 10h27.

Frankfurt - A ThyssenKrupp está considerando manter uma participação na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), o que poderia forçar o grupo alemão a injetar mais dinheiro na usina localizada no Rio de Janeiro, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto.

A Thyssen está tentando encontrar um comprador para a deficitária divisão Steel Americas, que além da CSA inclui uma usina de laminação nos Estados Unidos. O grupo alemão detém 73 por cento da CSA, enquanto a Vale possui o restante.

"Uma das opções que emergiram é que a ThyssenKrupp venderia uma participação de um terço para a CSN. Vale e Thyssen também ficariam com um terço cada", disse a fonte à Reuters nesta sexta-feira.

Para financiar os investimentos necessários na CSA, os três donos então injetariam um total de 750 milhões de dólares em capital novo na usina, acrescentou a fonte.

O grupo Ternium, considerado um dos favoritos para a compra da CSA, informou esta semana que desistiu da disputa, citando a crise por que passa a indústria siderúrgica e "diferença de percepção de valor". .

A Thyssen vinha afirmando que esperava encontrar um comprador para a Steel Americas até maio. O grupo divulga resultados trimestrais em 15 de maio, mas outra fonte próxima das negociações afirmou à Reuters que a Thyssen provavelmente não estaria pronta para anunciar um acordo até a data por causa da complexidade.

A Thyssen investiu 12 bilhões de euros (15,7 bilhões de dólares) para construir as usinas da Steel Americas, mas as usinas acumularam prejuízo de cerca de 1 bilhão de euros no ano encerrado em setembro de 2012.


O grupo alemão também afirmou que pode vender as usinas no Brasil e nos Estados Unidos separadamente em vez de dentro de um pacote. Na sexta-feira, a Thyssen afirmou que quer chegar a um acordo sobre a Steel Americas em um futuro próximo, e acrescentou que as discussões envolvem a Vale, o BNDES e agências do governo brasileiro.

Um porta-voz da Thyssen não comentou se a opção de manter uma participação na CSA estava sendo discutida.

Fontes familiares com o assunto afirmaram que a Thyssen também mantém discussões sobre a Steel Americas com a CSN, bem como com um consórcio da ArcelorMittal e Nippon Steel.

Ambos os grupos de interessados estão oferecendo mais de 3 bilhões de dólares, mas ainda muito menos que os 3,9 bilhões de euros do valor contábil da unidade", disseram as fontes.

Analistas do UBS afirmaram que as expectativas do mercado para a venda dos ativos são tão baixas agora que qualquer preço acima de 800 milhões de euros por toda a unidade seria capaz de elevar o valor das ações da Thyssen.

Por causa do desastroso plano de expansão nas Américas, a Thyssen sofreu prejuízo de 4,7 bilhões de euros no ano passado, enquanto a dívida líquida subiu 61 por cento, para 5,8 bilhões.

A Thyssen continua também a discutir uma possível emissão de ações, afirmou uma fonte próxima do assunto. "Um aumento de capital não é essencial, mas há cenários sendo discutidos em que fica claro que isso seria necessário", disse a fonte.

Acompanhe tudo sobre:CSNEmpresasEmpresas abertasEmpresas alemãsEmpresas brasileirasIndústriaSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasThyssenkrupp

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'