Reuters tenta convencer atuais clientes a migrarem para a nova plataforma e conquistar usuários de rivais como Bloomberg, Dow Jones e FactSet Research (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2011 às 13h32.
(Reuters) - A Thomson Reuters nomeou Jim Smith como vice-presidente de Operações do grupo e afirmou que vai unir suas duas principais divisões, Markets e Professional, para capturar eficiências de escala.
As mudanças ocorrem em meio a uma série de transformações no grupo fornecedor de notícias e informações após um crescimento decepcionante de receitas na divisão Markets, que representa cerca de 59 por cento do faturamento da empresa.
Smith, que assume o cargo imediatamente, era anteriormente presidente-executivo da divisão Professional, que vende produtos de informações para as áreas tributária, de direito e de contabilidade como o WestlawNext.
O presidente-executivo da Thomson Reuters, Tom Glocer, afirmou que as mudanças vão aperfeiçoar a organização e devem levar a algumas demissões no corpo diretivo.
A companhia também anunciou nesta quarta-feira que o vice-presidente financeiro, Bob Daleo, planeja se aposentar no próximo mês de julho, depois de completar 63 anos de idade. Ele será substituído em janeiro por Stephane Bello, que é atualmente diretora financeira da divisão Professional.
Os resultados do grupo no segundo trimestre mostraram crescimento fraco da divisão Markets, que resultou na saída de seis importantes executivos da empresa, incluindo o presidente-executivo da divisão Devin Wenig.
A divisão Markets teve crescimento de 1 por cento na receita do segundo trimestre. O desempenho ficou atrás dos 8 por cento de alta no faturamento da área Professional.
Glocer assumiu responsabilidade direta sobre a recuperação da divisão Markets e tem cerca de um ano para seu plano dar resultados, disseram em julho fontes próximas do pensamento do Conselho e do acionista controlador da empresa, a família canadense Thomson.
A Thomson Reuters tem enfrentado dificuldades para convencer operadores do mercado financeiro e integrantes da indústria de bancos em adotar o Eikon, um novo terminal de notícias e informações lançado há cerca de um ano.
Analistas têm mostrado preocupação de que a Thomson Reuters pode deixar de cumprir metas de receita nos próximos anos se não puder convencer atuais clientes a migrarem para a nova plataforma e conquistar usuários de rivais como Bloomberg, Dow Jones e FactSet Research.