Thiago Hering (à frente): família vai continuar à frente da marca fundada em Blumenau, Santa Catarina, em 1880 (Leandro Fonseca/Exame)
Victor Sena
Publicado em 26 de abril de 2021 às 13h43.
Última atualização em 26 de abril de 2021 às 15h16.
Thiago e Fabio Hering, os executivos à frente da marca de roupas centenária fizeram questão de demonstrar empolgação em call com investidores sobre o futuro da Hering dentro do Grupo Soma, que anunciou a compra da empresa na manhã desta segunda.
Thiago Hering, que vai continuar à frente da marca, citou pontos que pesaram na decisão da empresa de aceitar a oferta de compra pela Soma. Entre os principais, pesou a estrutura pouco hierarquizada do Soma.
O grupo avaliou a Hering em 5,1 bilhões de reais, valor acima dos 3,7 bilhões oferecidos pela Arezzo no começo do mês. A Hering preferiu dizer não na época e aguardar novas propostas. O Grupo Soma, formado a partir da fusão das marcas Animale e Farm, levou a marca.
“O Soma está se tornando a melhor e maior plataforma de marcas de moda do Brasil e do mundo”, elogiou Thiago Hering.
Na call com investidores, Fábio Hering, que será presidente do Conselho de Administração da marca, também fez elogios a estrutura do Grupo Soma.
Com a fusão, o grupo deve saltar em seu número de lojas físicas. Hoje, todas as marcas do grupo tem 264. Só a Hering tem 778.
Os elogios também aconteceram do "outro lado". Roberto Jatahy, CEO do Grupo Soma, disse que se sente desafiado e está entusiasmado com a aquisição.
"A sensação que eu tenho é que começo minha carreira do início. Parece o começo da vida profissional, com frio na barriga. Estou com muita energia e feliz", disse.
Jatahy também informou que o processo de incorporação da Hering ao Soma será feito "a quatro mãos", com foco em ser perene.
Em comunicado mercado na manhã desta segunda-feira, a Hering afirmou que a cultura digital da Soma, a transferência de know-how de outras marcas e a capacidade de escalabilidade são alguns dos ganhos que a a própria deve ter com a aquisição.