Model 3: modelo de entrada está entre os mais vendidos da Tesla (Tesla/Divulgação)
Gabriel Aguiar
Publicado em 4 de outubro de 2021 às 15h54.
Última atualização em 5 de outubro de 2021 às 10h59.
E não é que a Tesla bateu novo recorde de venda com os carros elétricos — justamente quando a indústria automotiva sofre pela falta de semicondutores? E, por mais que a empresa americana também tenha sofrido com problemas de fornecimento e atrasos nas entregas, foi capaz de comercializar 241.300 unidades entre julho e setembro (72,3% mais que no mesmo período de 2020).
Não foi apenas em relação ao ano passado que o desempenho chamou a atenção: a Tesla vendeu 16,9% mais que no segundo semestre de 2021, que, até então, detinha o recorde. Esse fôlego também indica que o mercado voltou otimista no pós-pandemia e, considerando os bons resultados, é possível que o fabricante realmente consiga alcançar a meta de 1 milhão de carros vendidos em 2021.
Foram comercializadas 627.350 unidades desde janeiro — mas, no primeiro trimestre, o volume estava 30,57% abaixo dos últimos três meses —, sendo que os modelos de entrada Model 3 e Model Y levaram boa parte desse bolo. Para ter ideia, apenas no terceiro trimestre, ambas as opções somaram 232.025 unidades vendidas, ante 9.275 unidades dos modelos topo de linha Model S e Model X.
E chega a ser surpreendente o crescimento diante das dificuldades enfrentadas pela Tesla nos últimos meses: das questões de confiabilidade na China (que inclui o recall de quase todos os carros vendidos por lá) à suspensão de fornecimento de componentes para reduzir o consumo de energia. Pelo menos há uma pitada de otimismo: o Model 3 já é mais barato que os rivais a gasolina nos EUA.