Sul-africano Elon Musk, CEO da Tesla, também está ligado a outras empresas de tecnologia (Liesa Johannssen-Koppitz/Bloomberg/Getty Images)
Gabriel Aguiar
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 06h00.
Última atualização em 20 de outubro de 2021 às 06h31.
A Tesla, montadora comanda por Elon Musk, anunciará hoje, 20, os resultados referentes ao terceiro trimestre do ano. E os números devem ser positivos, já que os norte-americanos bateram recorde de vendas entre carros elétricos, com 241.300 emplacamentos no terceiro trimestre (72,3% mais que no mesmo período de 2020). Mais que isso, estão prestes a inaugurar uma fábrica na Europa.
Tudo bem que, inicialmente, o complexo deverá operar com baixo volume de produção e depende da autorização do governo para começar a funcionar. Mas o próprio ministro da economia de Bradenburg estima 95% de chances da aprovação – apesar dos protestos de moradores próximos à instalação pelo risco de contaminação do rio próximo. Para Musk, a linha de montagem “será sustentável”.
Para a empresa, o novo complexo próximo a Berlim, na Alemanha, será um verdadeiro ganha-ganha: os custos de logística para vender no Velho Continente serão reduzidos, enquanto o governo local garantiu cerca de 1 bilhão de euros à aliança composta pela Tesla para desenvolver novas tecnologias. Mais que isso, a Tesla também receberá 1,6 bilhão de euros que serão destinados a projetos futuros.
Ainda haverá uma considerável expansão da capacidade produtiva, que, atualmente, dispõe de apenas duas fábricas – em China e Estados Unidos. Só que, já nos próximos meses, os norte-americanos devem colocar em funcionamento uma segunda unidade no país de origem, além do complexo europeu. E esse crescimento iminente foi essencial para o fabricante sobreviver à crise dos semicondutores.
Considerando que boa parte da indústria automotiva global ficou paralisada pela falta de componentes e algumas das principais rivais da Tesla amargaram meses de prejuízos, a empresa comandada por Elon Musk conseguiu aumentar o ritmo de produção. Para driblar problemas de fornecimento, a companhia modificou o software dos veículos para permitir a instalação de chips disponíveis atualmente.