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Ternium e Nippon Steel se reúnem para discutir Usiminas

As duas empresas, porém, divulgaram comunicados nesta 5ª em que demonstram pontos de diferença que podem impedir um eventual acordo

Usiminas: a Nippon Steel propõe que o atual presidente-executivo da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, assuma a presidência do conselho a partir de maio (Kiko Ferrite/EXAME)

Usiminas: a Nippon Steel propõe que o atual presidente-executivo da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, assuma a presidência do conselho a partir de maio (Kiko Ferrite/EXAME)

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Reuters

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 21h34.

São Paulo - Os grupos siderúrgicos Ternium e Nippon Steel vão se reunir no início de fevereiro para discutir propostas para solução da disputa que travam desde 2014 pelo comando da Usiminas.

As duas empresas, que integram o grupo de controle da siderúrgica brasileira, porém, divulgaram comunicados nesta quinta-feira em que demonstram pontos de diferença que podem impedir um eventual acordo na reunião pretendida para a primeira quinzena de fevereiro.

A Nippon Steel propõe que o atual presidente-executivo da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, assuma a presidência do conselho a partir de maio.

A Ternium rejeita essa possibilidade afirmando que o executivo não tem respaldo para ocupar a posição.

No fim de dezembro, a Nippon fez o que chama de "concessão máxima" ao propor à Ternium um regime de alternância de poder em que a presidência-executiva da Usiminas seria ocupada a partir de maio pelo executivo veterano da empresa Sergio Leite, indicado da Ternium.

A condição para isso seria a indicação de Souza, indicado da Nippon, para a presidência do conselho.

A Ternium respondeu afirmando que aceitaria a oferta desde que o grupo japonês aceitasse a criação de uma "cláusula de saída" no acordo de acionistas da Usiminas que pudesse permitir a solução do conflitos em situações como a atual, de falta de consenso dos dois grupos.

O mecanismo proposto pela Ternium para esta cláusula de saída seria uma espécie de leilão, em que o grupo que oferecer a maior quantia pela participação do outro fica com ela e o comando da Usiminas.

Nesta semana, o presidente para o Brasil da Nippon Steel, Hironobu Nose, disse que a alternativa proposta pela Ternium, chamada de "roleta russa", cria riscos para a Usiminas uma vez que incentiva ofertas de preço muito acima do atual valor de mercado da empresa, o que faria o grupo vencedor cobrar da Usiminas retorno rápido para o investimento.

O executivo comentou ainda que a Nippon Steel não tem qualquer interesse em deixar a Usiminas.

"A Ternium tem total interesse em resolver o conflito na Usiminas", afirmou a empresa em comunicado à imprensa nesta quinta-feira.

"Nós já oferecemos uma proposta clara e prática e vamos ouvir na reunião as propostas da Nippon para a cláusula de resolução de conflitos", acrescentou.

Por sua vez, a Nippon respondeu também nesta quinta-feiraque "reitera sua oposição à introdução da "cláusula de saída" proposta pela Ternium" e que "quer, antes de tudo, resolver o impasse entre os sócios".

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