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Terça da Serra, franquia de residencial sênior, investe R$ 15 milhões em hospital de transição

Hospital Revitare será inaugurado nesta terça-feira, 30, em Campinas. Expectativa é franquear unidades menores em 2024

Primeira unidade do Hospital de Transição Revitare (Divulgação/Divulgação)

Primeira unidade do Hospital de Transição Revitare (Divulgação/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 30 de maio de 2023 às 04h00.

Nove anos depois de ocuparem uma lacuna no mercado de residências sênior, os fundadores da Terça da Serra apostam em um hospital voltado à recuperação e cuidados de doenças crônicas. A primeira unidade do hospital de transição Revitare será inaugurada nesta terça-feira, 30, em Campinas, cidade do interior paulista que já conta oito unidades da franquia de residências para idosos.

Com um investimento de 15 milhões de reais, um hotel de quatro andares foi adaptado para acomodar 100 leitos. Diferente da Terça da Serra, que é voltada para idosos, o Hospital Revitare vai atender adultos de todas as idades que precisem de reabilitação.

Como funciona um hospital de transição?

O conceito do Revitare, que remete aos hospitais de transição - também conhecidos como hospitais de retaguarda -, consiste em ofertar cuidados específicos para as demandas de pacientes em processo de reabilitação após um evento agudo, ou pacientes com indicação de internação de longa permanência ou ainda em processo de finitude. 

As principais diferenças em relação ao perfil tradicional de hospitalização estão na equipe multiprofissional envolvida e no tempo dispensado por cada um dos profissionais. A ideia é oferecer um local onde as taxas de contaminação e infecção hospitalar sejam bem mais baixas, com equipes multidisciplinares e atenção individualizada. Não há oferta de pronto socorro e cirurgias. 

Para os sócios fundadores Joyce Duarte e Pedro Moraes, unir o conceito de residência para idosos com os cuidados e estruturas de uma equipe médica é o futuro desta área, que tem crescido paralelamente às mudanças demográficas no país. Dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, naquele ano, quase 33 milhões de brasileiros tinham 60 anos ou mais. Proporcionalmente, os idosos representavam 15,7% da população.

Estrutura de hotel, cuidados de hospital

A demanda por esse tipo de hospital já vinha em uma curva crescente antes da pandemia e se intensificou com o contexto da covid-19. Com a crise sanitária, os períodos de internação em estruturas privadas de saúde aumentaram, especialmente nas faixas etárias mais altas.

"É uma questão que vem de fora. Outros países estão sendo protagonistas nestas mudanças para estruturas de recuperação e atendimento aos idosos”,  diz a médica e sócia Joyce Duarte.

"Temos uma estrutura premium de hotel aliada a um hospital para pacientes crônicos de baixa complexidade".

Custos menores e menos riscos

O hospital de transição poderá prevenir uma série de problemas de saúde dos pacientes, que poderão ter tratamento constante, menos invasivo e aliado ao conforto de um hotel premium. O Hospital Revitare disponibiliza leitos para longa permanência, cuidados paliativos e reabilitação em consonância com as necessidades e categorias dos usuários de planos de saúde, podendo ser apartamentos e enfermarias. 

"Idosos, por vezes, têm problemas de saúde e vão para os hospitais. Depois, retornam para as residências", diz Pedro Moraes, economista e CFO do Terça da Serra. “Vamos otimizar toda essa dinâmica e reduzir os riscos para os idosos, como as possibilidades de infecção hospitalar, por exemplo."

Franquia do Hospital Revitare em 2024

A Terça da Serra é o maior residencial sênior do país e desde 2021 faz parte do Grupo SMZTO. No ano passado, a franqueadora de residenciais sênior faturou R$ 80 milhões. Neste ano, a expectativa é atingir receita de R$ 120 milhões.

Depois da inauguração em Campinas, capitais como Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis e Belo Horizonte estão no plano de expansão. Outras unidades com 12 leitos devem ser criadas na cidades do interior onde a Terça da Serra já está presente. A meta é abrir até 10 hospitais nos próximos cinco anos.

Joyce Duarte Moraes e Pedro Moraes, fundadores da Terça da Serra, e do Hospital de transição Revitare

Joyce Duarte Moraes e Pedro Moraes, fundadores da Terça da Serra, e do Hospital de transição Revitare (Divulgação/Divulgação)

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