Tenda: construtora apresentou geração de caixa de R$ 55 milhões no primeiro trimestre de 2018 (Divulgação/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de maio de 2018 às 20h48.
São Paulo - A incorporadora e construtora Tenda - uma das principais operadoras do Minha Casa Minha Vida (MCMV) no País - lucrou R$ 36,3 milhões no primeiro trimestre de 2018, montante 91% maior do que no mesmo período de 2017, conforme balanço publicado nesta quinta-feira, 10.
A margem bruta ajustada foi a 35,2%, alta de 0,6 ponto porcentual na comparação anual. O resultado ficou levemente acima do guidance (meta oficial) previsto para o ano, que vai de 33% a 35%.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 58,3 milhões, crescimento de 83,5%. A margem do Ebitda ajustado aumentou 6,1 pontos porcentuais, para 15,9%. O critério "ajustado" exclui juros capitalizados, despesas não caixa com planos de ações e minoritários.
A receita líquida totalizou R$ 366,1 milhões, expansão de 12,7%.
A expansão do lucro da Tenda é um reflexo do avanço dos lançamentos e das vendas por vários trimestres, o que proporcionou ganhos de escala e melhores retornos.
O resultado, entretanto, não foi maior porque a construtora sofreu o impacto negativo de R$ 21 milhões oriundos de dois efeitos considerados não recorrentes.
A Tenda teve uma perda de R$ 12 milhões com obras para refazer as contenções em um empreendimento de Belo Horizonte. O local teve excesso de chuva recentemente e as contenções foram avariadas. O empreendimento foi entregue em 2014 e faz parte do chamado "legado", isto é, referente ao período anterior à reestruturação dos modelos deprojetos e negócios.
Além disso, a companhia contabilizou R$ 9 milhões de ajustes em plano de opções de ações. Esse item não teve efeito sobre o caixa.
As vendas líquidas chegaram ao recorde de R$ 424 milhões, alta de 25%, enquanto os lançamentos alcançaram R$ 266,3 milhões, recuo de 11,8%, devido à demora para liberação de licenças aos empreendimentos em algumas cidades.
A Tenda apresentou geração de caixa de R$ 55 milhões no primeiro trimestre de 2018, recuo de 26,6% ante o quarto trimestre de 2017. Nesse período, o caixa líquido aumentou 24,2%, para R$ 282,6 milhões.
Já a alavancagem (relação entre dívida e patrimônio líquido) passou de -19,6% para -23,4%. A companhia tem a meta de apresentar alavancagem próxima de 0% no longo prazo, podendo oscilar entre -10% e 10%.